Labirinto dos Caminhos Cruzados
Sabe aqueles dias que você acorda e acha que tudo está fora do lugar? Tudo parece te envolver em meios a fios de angustia, redes de sentimentalismos clichês, uma teia de intrigas pessoais, você com seu mundo, seu mundinho?
E, apesar de tudo o que você faça você está tão preso nele, seus sentimentos mais profundos o fazem cair, mergulhar em um turbilhão de reflexões intermináveis com o mundo a sua volta, o mundo a girar, o mundo concreto, que reverbera em sua tragicomédia da vida alheia...
Tempos nebulosos que se aproximam, não chegam a tocar-nos, mas nos amedronta nos condena a um estado apático de angustia e medo pelo que pode vir, e, talvez, nunca virá! Tememos pelo que temos, não temos, poderemos/poderíamos ter e pelo medo de perder...
Quando os caminhos se cruzam, estamos perdidos em um labirinto, labirinto de possibilidades intermináveis, e, quem sabe, improváveis de previsão: estamos no mundo da vida!
A cada passo dado, mal dado, torto, tortuoso, sensível, sensato, tudo aquilo que compõem o caminho e o caminhar, tudo incerteza, por mais que tenhamos seguido a vida toda por este percurso de casa ao trabalho (escola), todo dia é novo, mas nem todo novo é surpreendente, a novos tão velhos e desgastados. Velhos fantasmas que nos atacam nos provocam a temer um novo passo, um passo, desta vez, bem dado!
São labirintos da vida, como videiras que se entrecruzam, abrem-se e fecham-se em cainhos espinhosos sem fim, que nem sabemos onde vai parar, onde vai chegar. São nossos labirintos de caminhos cruzados, meus e teus... E quem poderá dizer que fazemos certo? Quem já percorreu todos os labirintos de caminhos cruzados? Quem seria tal ser tão antigo e sábio?
Nem toda ciência seria capaz de predizer, prescrever, o remédio para remediar a dor e a angustia de um novo passo rumo ao (des)conhecido mundo da vida! Não há paz quando há algo que se quer transformar. Não há paz quando se tem onde se quer chegar. Não há paz se há um amor por quem lutar!
Eis um resumo dos labirintos de caminhos cruzados, sem ponto de partida e chegada (predefinidos), apenas um devir inteiramente novo, mesmo que por caminhos antigos, nenhum um dia igual ao outro, sem espaço para monotonia, apenas os caminhos, labirintos, intercruzamentos de vidas, o grande fluxo do mundo da vida!
Angustio-me, mesmo sabendo o que sei, sabendo que não sei.
Sejam bem-vindos aos Labirintos dos Caminhos Cruzados!
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