sábado, 11 de fevereiro de 2012

De Boca em Boca

De Boca em Boca

De boca em boca
Passando a cereja
O tempo não passa
Vem mais cerveja

Num banco da praça
Músicas loucas e cores
Filtramos o álcool
Esquecemos as dores

Sorriso e meias verdades
A noite tão boa
Vamos numa boca-livre
Vivendo à toa

Não me telefona
Não enche meu saco
Encha meu copo
Me sinto um caco

Meia luz de motel
Baby, relaxe, acorde
Baby, não me ame
Apenas, me morde!

De boca a boca
Passando a cereja
O tempo não passa
Vem mais cerveja

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Blues da Aspirina

Blues da Aspirina

Sou um pequeno livro aberto
E tantas páginas arrancadas
De uma vida cheia
De mentiras escancaradas

A verdade é uma sopa
De muitas letrinhas
Se diluindo aos poucos
Sobrando só as entrelinhas

Neste festival incerto
Que o profeta não rogou
O bar é a parada certa
Que a esquina consagrou

E vejo anúncios na TV
Já não ando tão down
O vazio, em mim, tão vago
Já não causa tanto mal

Compradores, piscinas
Fazenda, cinema, jornal
Toda minha tristeza, angústia
Se dilui (se dilui) em crédito especial