domingo, 5 de fevereiro de 2012

Blues da Aspirina

Blues da Aspirina

Sou um pequeno livro aberto
E tantas páginas arrancadas
De uma vida cheia
De mentiras escancaradas

A verdade é uma sopa
De muitas letrinhas
Se diluindo aos poucos
Sobrando só as entrelinhas

Neste festival incerto
Que o profeta não rogou
O bar é a parada certa
Que a esquina consagrou

E vejo anúncios na TV
Já não ando tão down
O vazio, em mim, tão vago
Já não causa tanto mal

Compradores, piscinas
Fazenda, cinema, jornal
Toda minha tristeza, angústia
Se dilui (se dilui) em crédito especial

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