Por que um pouco de romance sempre cai bem nos momentos de solidão... toda poesia é inacabada por si só e, a cada dia, ela precisa ser reescrita nas vivências diarias!!!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Notas da Meia-Noite
Após uma madrugadas de um sonzinho relaxante de Jack Johnson, que não faço questão de traduzir, e um bom copo de café em meio uma conversa no MSN às 3:43 da madrugada, eu e uma amiga chegamos a conclusão que nos falta alimentar nosso vicio em comum, sermos humanos em um mundo tão confuso.
Eu peço por um vinho e ela por fumar unzinho... Compartilhamos as amarguras do existir e do saber existir em um mundo tão perverso.
Combinamos coisa que possivelmente não vão acontecer, falamos da solidão e de como somos exigentes com as pessoas. Falamos do cansaço acadêmico. Refletimos das contas a pagar, correção: a serem pagas por nossos pais... Falamos de comoo dinheiro passou a ser a forma de se medir a felicidade com as frases ridiculas "e quanto custou isso?" e "isso vale o preço?", nunca perguntam "isso funcionou mesmo?" ou "era o que você queria?" ou mesmo "você gostou?"...
Ambos com a cabeça cansada de pensar, ao menos tentamos, a vista cansada de tentar ler os textos que aos poucos de prazerosos se tornam prazos de vida e morte, Provas... Mal temos tempo pra bater um papo que não seja sobre problemas ou passar uma noite olhando o tempo vagar silencioso curtindo a presença de uma visita... As vezes nos falta simplesidade ao levar a vida, assim como em um certo lugar perto do mar e um chão de areias mornas...
Crescer é um processo complicado e pior ainda quando se tira um tempo pra se pensar nisso e se questionar. Seria mais facil aceitar tudo, mas de longe teria o prazer da conversa calorosa entre amigos sobre uma PseudoFilosofia de vida entre os vinhos e os tragos de cigarro...
Que o cotidiano não destrua nossa vontade de viver e que não vivamos para o cotidiano, Reiventemos tudo até o dia-a-dia... que ele possa ser um noite-a- noite, desde que se saiba o que se faz.
Abraços calorosos de jovem amigo sem sono e imprudente
Poiesis (alguem me disse que significa Construir)
Teorias teorizam minha dor
Os livros como guardiões do conhecer
O meu querer como um devaneio
Os sonhos que dizem que não posso ter
Então eu busco na janela a minha liberdade
Mas de por do sol não vejo nada
Então percebo minha prisão domiciliar
A que criei dentro de mim velada
Aprisiono meus sonhos por tão pouco
Racionalizo a real impressão
O desejo de mudar o mundo é bobo
Mamãe, entendo, devo ganhar é meu pão
O resto do mundo sempre esteve aí
E eu que sonhava mudar algo
Então aprendo que tudo foi criado
De certo ponto, minha camisa de força aos poucos foi metrificado
Sabe, quando pergunto o que fazer sobre o mundo
Os guardiões não vão me dizer
São tão pobres de sentimentos nobres
Que aos poucos eu é que começo a ser
Então um desejo move-se dentro de mim
E mostra que ainda vivo
É um querer construir futuro
É sonhar sem ter sono e sem ter fim
E se o mundo em que vivo é algo criado
Eu mesmo com amigos criarei o meu mundo seguro
Seguro da busca do prazer do lucro
Que é uma solidão trasvetida em promessas de futuro
Quem sabe um dia
Um dia o mundo dê as mãos
E tudo girar em uma livre ciranda
A velha cirada esquecida e, hoje, pouco flexionada
Vou amolar a violada esquecida
Que um dia me comprometi em tocar
Poucas notas por mim aprendida
Mas a minha voz ainda pode cantar
Canterei o pouco que sinto
E com tantos outros, outras vozes criar
Dançar ciranda, torem, outra coisas
Criar um novo mundo sem deixar de Sonhar
Não me deixei seguir as massas
Mas tão pouco as deixarei de acompanhar
Posto que sou parte de um todo
E este todo todos temos que cuidar
Construir uma nova Utopia
Mas em terra firme é que ela vamos firmar
Não vamos nos deixar um outro ser nossa guia
Mas juntos um rumo tomar...
O Que é o Amor
E hoje em dia
O que é o amor?
Você me disse
Mas relembre por favor
Uns dizem blues
Outros pedem jazz
Alguns MPB
Outros não querem mais
Há quem busque um dos grandes
Há quem vive a correr atrás
Alguém grita: isso não existe
Alguém diz: mas eu gosto é de ti
E hoje em dia
O que é o amor
Você me disse
Mas me relembre por favor
Alguns criticam: é pura ficção
Outros refutam: isso é falta de alguém
Alguns discutem química e esoterismo
E outros fogem por puro pessimismo
Há quem com ele brinque de xadrez
Há quem o rime em português
Alguém grita que é superstição
Há quem fundamente: é culpa do coração
Vou Pra Brasília
Mãe, hoje vou pra Brasília
Ver se encontro um amor por lá
Ver se viro capa de revista
Na UNE grito diretas já
Mesmo que não goste
Vou fumar unzinho
Você me diz que quero me estragar
E riu e digo: mãe, um dia eu vou voltar
Vou passar por Bahia
E entrar em Goiás
Mudar um mundo um dia
Algo a temer? Jamais!
Mãe, eu pego o L2 Norte
E chego lá, pra ver meu amor
Do que sinto falta é o sol forte
Este frio solitário é que causa dor
Na UnB sobrevivo no RU
Infelizmente no bus sem meia
É que acabo minhas economias
E a noite não sei aonde ir, nada de álcool na veia
Vou passar na Bahia
E entrar em Goiás
Mudar um mundo um dia
Algo a temer? Jamais!
Caderno Velho
Em uma folha amarelada
De um caderno escolar
Busco a palavra nostálgica
Um puro lembrar
Caderno velho, rabiscado
Frases de Marx
Versos de alguens
Um cheiro de passado
Vejo equações algébricas
Brinco resolver
Mas a vida de agora
Esta não sei saber
Então fica tudo na folha
Velha, amarelada, esquecidat
Versos que prosam o que foi
Passagens passadas da vida
Romance Antigo
Espere minha carta chegar
Com versos bobos e clichês
Voce pode acreditar
Espere um pouco pra ver
Dos visinhos, vou colher algumas flores
Te darei um belo boquê
Talvez escreva outra carta, mas em prosa
Nem só de versos se pode viver
Pois é, agora vivo pensando
Meu olhar perdido em você
Eu sei, eu vivo sonhando
Mas tenho medo de dizer
Vou me jogar nos teus pés
Te convidar pra sair
Vou gaguejar ao dizer
E no final voce vai rir
Mas é que gosto de ser clichê
Um bobo romantico a te distrair
Como agora, uma poesia a escrever
E com a tristeza do beijo que esqueci de pedir
A Borboleta e a Flor
Você pousou em minha flor
Minha borboleta encantada
Fez-se mulher tão graciosa
Que nem sei se estava ansiosa
Foi se deixando descobrir
Fui te deixando sentir
Você voando no ar
E eu esperando você pousar
Pois fizemos jardim
Sim, fizemos um imenso
Cada gesto suave de carinho
Até cada desejo intenso
Espero cultivar novas flores
Sentirmos a borboleta em flor
Desflorarmos novos carinhos
Fazermos florir, fazer sem dor
Balada de um Amor Finito
Não é sempre que se perde um grande amor
Vou te chorar teatralmente
Ainda é digna de tamanha dor
Pois apenas ocultamos o que se sente
Às vezes me odeia por eu ser assim
E eu te amo por me gritar no fim
Fazíamos amor com o olhar
Hoje temo o que eu possa encontrar
Você foi minha mais bela promessa
Foi minha fantasia sincera
Mas como você dizia: depois a gente conversa
Havia sentimento, era...
Ainda sinto teu cheiro na cama
Nosso palco de mágicos desejos
Mas agora não é pelo no que me chama
Dos mesmos lábios que dei mil beijos
Pois é! Você foi meu grande amor
E se vai me deixar
Lembre-se de me visitar
Você me disse que sou o único que não te faz sentir dor
Mais uns Suspiros
Caem as folhas das arvores
O vento sopra frio contra meu peito
As lagrimas molhando tudo
O frio nos aconchegando de jeito
Nos abraçamos, calmos se perceber
Vamos nos aquecendo sem querer
Vamos querendo aquecer
Vamos queimando beijos por prazer
O mundo lá fora contrastando com o nosso
Nosso pequeno universo abaixo dos lençóis
Vamos descrevendo um dia ensolarado com o corpo
Vamos suspirando a sós
Cada gota de chuva
Cada gota de suor
Cada planta se molhando
Cada gesto de amor
Vamos assim desenhando nosso tempo
Nossos mundos secretos
Nossos secretos desejosMais uns suspiros por um longo momento
Adeus
Desenlaço nossos dedos
Paira no ar um adeus não dito
Os lábios secos e cansados de se reclamar
E também sofro, mas finjo: não sinto
Você foi um grande amor
Mas eu devo partir
Para o nosso bem
Para um bem para alem...
Vão ficar belas marcas
Provas de uma ardente paixão
Que se desfez ao vento
Como se fosse tudo em vão
Você foi um grande sonho
Sonhamos muito, eu sei
Mas na hora de se fazer e de se escolher, bem
Não fui o único entre nós que errei
Mas fique com minhas palavras
Eu sempre te amarei, como amei até o fim
Em silencio continuarei a te querer
Mas adeus, não posso mais sofrer
Fabricas e Fabricações
Como acordes tristes de um piano solitário
Uma marcha fúnebre se presenteia
Não a lira dos vinte anos
Mas a opera do pobre operário
Cansado dos seus dias de silencio
Profetiza sua dor ao mundo
Mas os silêncios de outros o cala
E em melancolia mergulha fundo
O céu cinzento de fabricas
O ar sem vida e morrendo
Um trago num cigarro amassado
Aos poucos o dia amanhecendo
Senta-se no trono imundo
Chora o choro dos desvalidos
Grita dentro do peito em lagrimas
Dorme, solitário, um sono profundo
Ainda bem que é feriado
Ao menos assim descansará
Acalmará seus ossos
Um corpo inerte, que lutou, e encontra-se cansado
Alma Guerreira
Então chegamos ao fim
O conto de fadas deve se desfazer
As ultimas gotas de tinta mancham o papel
As ultimas lagrimas molham meu ser
A espada enferrujada
Velha por culpa de meu próprio sangue
Eu quis sangrar por todos, acho
Mas a guerra não levou a nada
Sou um guerreiro cansado
Meus amores se perderam em campanha
No fim me sobram lembranças
Lembranças que ainda se sonha
Então embainho minha espada
Descanso meu elmo
Choro e soluço tremendo de frio
Meu funeral me espera na calçada
C.oisa A.mada
Então um sonho se esvanece
Um amor se desfez no ar
Deixa apenas a poeira no chão
O pó da estrada a se caminhar
Me pergunto por que tem que ser assim
Me pergunto se este é mesmo o fim...
As horas vão passando
Enquanto meu coração pulsa
Seria mesmo preciso partir?
Nossa insatisfação me expulsa!
M pergunto se falo sobre o fim
Me pergunto se você esta mesmo assim...
E a vela foi se apagando
Como a paixão que nos unia
Vou sentir tua falta
Talvez troquemos olhares outro dia
Mas será que tem que ser assim?
Será que vamos nos deixar vencer no fim?
Suspiros de Frustração
Do que são feitos os sonhos?
Seriam feitos de algodão
Seriam feitos de magia
Seriam feitos de emoção?
De que é feito o amor?
Seria feito de ternura
Seria feito de vontade
Seria feito de dor?
Ah! Quem dera responder...
Estas perguntas, agora, me afligem
Nostálgico era crer em sonhar e amor
Agora deixem-me fugir daqui, por favor
Me Dê um Pouco de Poesia
Me dê um pouco de poesia
Pois só agora sei te flertar
Sei te fazer juras fingidas
E ao mesmo tempo te amar
Me dê um pouco de poesia
Antes que minha inspiração venha si acabar
Acaba um pouco a cada dia
Cada vez que não consigo te encontrar
Me dê um pouco de poesia
Não a existente nas palavras
Mas a que se esconde nos teus lábios
Escreva em minha boca do teu batom fantasia
Me dê um pouco de poesia
Só enquanto a noite durar
Amanha já quer nascer outro dia
E não sei se sozinho vou querer ficar
Me dê um pouco de poesia
E de vez vamos nos encontrar
Uma boca, um peito, um ventre
Tudo é poesia quando se sabe sonhar
Me dê um pouco de poesia
Não sei mais o que rimar
Sei que te quero inteira e viva
Me fazer te fazer poesia
Sincero Mentir
Cada palavra me denuncia
E anuncia teu prazer
Se deleitar na minha doce agonia
De tudo te dizer
O perigo reside nestas palavras
Cada uma escolhida a dedo
Pra dissimular um pouco o desejo
E desejar que fique como nosso segredo
Cada silaba como confidente
De um bobo prazer
Apenas quero por coincidência
De não saber não querer
Mas no silencio do papel
Que você ouve meu bobo falar
Palavras soltas, sem jeito
Que vem despir o meu gostar
Se gosto mesmo não sei
Mas posso crer acreditar
Que aos poucos cada verso teu (já não mais meu)
O nosso segredo você venha respirar
Sentidos
Deixo-me deitado ate tarde
O tempo suspenso no ar
As palavras sem sentido
E o sem sentido pra sonhar
E numa vela navego
A vela que ascende o ar
A deriva em uma vida tão bela
A deriva em noites sem luar
Deixo tudo parado
Estático como se possa manobrar
Fico assim quieto ao teu lado
E de resto não posso fantasiar
As revoluções planetárias
As voltas do ponteiro a contar
Conta-gotas de esperança
Aos poucos a se esvaziar
Deito-me deixando a tarde
O tempo sem voltar
E quantas voltas damos
Sem um sentido pra se reencontrar
Sem sentido que se possa sonhar
Outono em Mim
Mas acontece que tudo vai acabar
Mesmo uma folha verde
Do alto da mais viva arvore
Sem querer cairá
Se um dia perdi teu amor
Saiba que não foi por querer
Pois foi culpa do tempo
Juntos sem este amor viver
As vezes a gente se cansa
Cansamos de ser feliz
Então queremos mudar
E o que se fez perfeito vem a acabar
Mas que fique um beijo e um afago
E que fique muitas lembranças
Que não plantemos tristezas
E nem colhamos esperanças
Assim se faz o fim
Como um outono no olhar
Folhas de sentimento secas
Arvores que já não florescerá
O Fim de um Começo (ou O Começo de um Fim)
Se fosse tudo tão simples
Todos saberiam amar
Mas como ano isto não o é
Só nos resta tentar
E quando terminarmos de tentar
E percebemos que nada deu certo
Então terminaremos o que nunca começou
Para que na solidão possamos repousar
Um dia você foi meus olhos
Eu estava cego por ti querer
Mas tudo foi um sonho bom
Sonhamos, mas o dia vem amanhecer
Não me queixo da dor
Não tenho tempo para sofrer
Me queixo apenas do quase
Que agora nunca poderá acontecer
Mas que fique a desculpa e um perdão
E prometo sempre sempre te cuidar
Mesmo que não queira um afago
Mas retribuo os sonhos que conseguimos criar
E quando começarmos o que nunca terminou
Descobriremos que nunca terminará
Uma amizade romântica desiludida
Uma poesia a se versar
Contos de Travesseiro
Contos de Travesseiro
Quando o vento bater tua janela
E o frio da manhã te acordar
Ainda no teu travesseiro repousa
Os sonhos soltos no ar
A brisa que leva as palavras
Toca de leve teu ventre
E guia a suspiros noturnos
Mesmo que a manhã adentre
Então, vejo você se espreguiçar
Gemendo doce e baixinho
Sorrimos bobos, sei lá
Ficamos calados em nosso ninho
Voamos a noite toda
Entre nuvens amor e carinho
Às vezes sou tão bobo, eu sei
Mas é o meu jeito de te sonhar, passarinho
Estamos livres em nossa gaiola
Um quarto pequeno, nosso lar
Um ninho de cama macia
E um café, nós a nos beijar
A Poesia Faleceu
A Poesia Faleceu
A poesia faleceu
No momento do sim ou do não
Perdi a fantasia da duvida
Para a certeza de uma prisão
Porem o não era liberdade
Mas que liberdade há em sofrer?
Que liberdade é esta
De amar quem não se pode ter?
O sol insiste em nascer
Mas eu não quero acordar
Agora já na há novo dia
Nem vale a pena sonhar
A poesia faleceu
E com ela meu viver
Sepultei meu sorriso
As lagrimas se põem a escorrer
O lápis, a mão tremula
Que escreve o que é capaz
Últimas palavras vividas:
Um coração aqui jaz
PARA NÃO DIZER QUE NÃO AVISEI...
POR QUE O MELHOR DE TUDO É COMPETIR
O romance que desejo não é uma romance divino, é um romance carnal, um romance humano. Eu não desejo apenas tua alma, mas também desejo tua pele, tua boca, teus olhos, teus seios, coxas e pélvis.
Sonho com o dia do roçar de minha língua em tua língua. Do dia de ter meu corpo de encontro ao teu. De te suspirar palavras bonitas no ouvido e fazê-la suspirar mais ainda. Provar tua boca como se nunca tivesse provado outra. Desejo tua carne como nunca desejei amar ninguém.
E mesmo que saiba que não mereça um terço do que sinto, eu sinto e isto é o suficiente para eu me render a teus encantos. Você se faz complicada, cria barreiras para eu tentar transpassar, tenta fingir que não quer e não deseja tudo o que eu também desejo, mas te digo: eu sei o caminho das pedras, mas não vou ser seu brinquedo pessoal.
Você diz não quando deveria ser um sim. Você diz não espere quando deveria dizer que eu devo esperar apenas o tempo certo chegar. Você diz que eu devo não sofrer por você, mas a verdade que sofrer pra mim é não te querer. Complicada pode até ser, mas eu te entendo muito bem, tão bem que não sei te odiar ou desistir de ti.
Deixei você roubar meu bem mais precioso, minha liberdade emocional, mas isso tem um preço muito caro, meu amor. O preço é que terá que ser amada por mim, pois nunca deixei de amar quem eu quis... Você não será a exceção que colocará tudo a perder. Você é meu troféu mais precioso que ainda vou ganhar.
Vou te ensinar a ser mulher e te fazer mulher. Você já é minha mesmo antes de aceitar, pois eu não sei aceitar falsas verdades... E eu sei que tudo acontece em seu tempo, e o tempo nos leva aonde devemos ir.
Do mais, me odeie o quanto puder odiar, mas não negue que será minha!
O SER POETA
Uma tentativa de viver um sonho...
A essência de um poeta se resume em dois sentimentos básicos: o desejo e a solidão.
Sendo que este desejo vai desde um amor profundo (carnal ou não) até a vontade de mudar o mundo. O desejo é algo tão próprio do poeta que muitas vezes um se confunde com o outro. Já a solidão é a companheira mais fiel a um poeta, pois a escrita sempre será um ato pessoal, mesmo que um escrito seja em grupo... É a dor que somente o próprio poeta pode entender, a solidão. Ela que o leva em muito a querer amar.
O poeta sabe que todo delírio é valido para se escrever, assim como as lógicas poéticas jamais entendíveis a panacas racionalistas, como as misturas de sentidos que a eles é a mais pura loucura ou idiotice... Mas acima de tudo o poeta não sabe a razão de o ser poeta, apenas sabe que precisa ser.
Vale lembrar que a essência não é o motivo de se ser poeta, mas é algo que o constitui como tal. Ser poeta é desejar um beijo roubado que nunca o roubará, ou até viagens pelos lençóis maranhenses, ou mesmos por baixo dos lençóis de alguém... Além de sua triste sina de mesmo estando rodeado de amigos sentir-se só e distante.
Ser poeta é sofrer! Ser poeta não é fácil! Ser poeta em muito é ser incompreensível aos olhos comuns, pois o poeta não busca o mundo das aparências (ao menos não em essência, não um bom poeta!), mas o mundo além...
Ser poeta é viver uma poesia sem fim a cada dia...
O DIA E O SONO
OS MISTERIOS DO ESQUECIMENTO DIARIO
O dia de amanhã... O que seria de nós sem ele? Talvez um bando de tolos que brincaram de buscar a felicidade, que estava tão próxima de nós.
Esquecemos de olhar as estrelas em dia sem nuvem e a lua nos dias de escuridão plena. Esquecemos de dar sorrisos, e de descobrir uma lagrima escondida no canto da boca no tentar esboçar alegria a um amigo.
Perdemos a hora de ser feliz, perdemos o tempo de ontem, esquecemos de brincar hoje, nos esquecemos de ser livres, de ser o que se pode sonhar, ou mesmo esquecemos de sonhar.
Quando não era dia de chuva reclamávamos do calor, quando não era dia de sol reclamávamos do frio. Quando não era dias de festa reclamávamos do tédio, quando não eram dias calmos reclamávamos da solidão.
Sim, nós sempre deixamos a vida passar. E como ela passa sutilmente por nós... Por nossas cicatrizes, espinhas e rugas... Como somos tolos de deixá-la passar.
Esquecemos de tentar descobrir desenhos nas nuvens para tentarmos descobrir cravos em nossos rostos. Esquecemos de descobrir uma tarde boa entre amigos e filmes para tentarmos descobrir festas entre desconhecidos no sábado à noite.
Esquecemos de dizer bom dia, ou obrigado. Quem sabe, nos privamos de dizer eu te amo por medo de errar, mas quem nunca errou? E quem nunca acerto por chute? Tendemos a nos perder dos amigos por medo de sermos sinceros conosco e dizermos em alto e bom som, mesmo que precipitado, eu te amo, mas de que servirão estas palavras senão para serem conjugadas?
Terminam-se os dias e as horas s perdem como moedas sem valor, e como milhares de moedas perdidas reclamamos da fortuna que nos foi roubada, por nossa própria culpa.
Desista de tentar ser feliz! Desista de tentar viver!Desista de tentar amar!
Seja feliz, viva e ame...
Há coisas que não valem a pena ser tentadas, mas sim conquistadas. Pois o ano termina a cada dia. O natal acontece a cada nascimento de manhã. A amizade acontece a cada convício sincero. Os amores a cada dor compartilhada e a vida a cada momento que se pode sonhar!
Mas não nos detenhamos aos sonhos invisíveis... Sonhemos juntos uma canção de ninar, que nos acalme a dor do existir, mas não um existir solitário... Um existir completo.
Enquanto Houver Tempo
Quando a ultima pétala de rosa cair
Mesmo assim teu perfume exalará
Mesmo que a ultima gota de chuva caia
Ainda assim minhas lagrimas, por ti, cairá
Ainda que a ultima fogueira se apague
Mesmo assim meu amor por te aquecerá
Mesmo que as pessoas me esqueçam
Ainda assim tua lembrança me acolherá
Ainda que o mundo diga não
Mesmo assim meu coração, por ti, palpitará
Mesmo que insistam para desistir
Ainda assim me é impossível tentar
Ainda que falasse todas as línguas
Mesmo assim não poderia explicar
Mesmo que conhecesse todos acordes
Ainda assim com nenhuma melodia, a tua voz, eu poderia imitar
E quando as cores desfalecerem
Mesmo assim teu sorriso saberei apreciar
E quando o ultimo suspiro me cair
Ainda assim estarei a te amar
Oh musa! Pois, mesmo que não queira
Enquanto houver tempo
Meu amor, por ti, se manterá
Somente, enquanto houver tempo...
O Fruto
Quero unir nossas raízes
Meus galhos enrosco em ti
Meu tronco ao encontro do teu
Folhas ,cabelos, senti
Raízes, tuas cochas nas minhas
Galhos, abraços sem fim
Suor na pele e suspiros
Seiva do corpo,enfim
Vamos provar do fruto nosso
Lábios carnudos de manga madura
Saliva pura, puro mel
O despedir da tua boca, o puro fel
Mas volto agora a nossas raízes
Se enroscam e enrolam assim
Cabelos, folhas, face, tronco
Sentir teu corpo, sentir todim
Amor, É Teu Aniversario
Amor, é teu aniversario
Saiba, nunca me esqueceria
Mas era meia-noite
E eu nem percebia
Eu tinha a frase certa pra falar
Mas agora de que serviria
A fantasia se foi acabar
E assim acabou nossa alegria
Mas digo o que quer escutar
Nos seus ouvidos a tremer
Os meus lábios a tocar
E tua voz suspiros prazer
Amor, é teu aniversário
Logo, o que vamos fazer?
Você princesa, eu otário
Louco pra despir você
Quero cair no céu da tua boca
No teu colo quero dormir
Te fazer quase louca
Afinal é hora de descobrir
Que meu amor é ardente
E que quero te provar
Torna-la mulher completamente
Pois não há mal em amar
Amor, é seu aniversario
É hora de deixar crescer
A intimidade de casado
Que um dia vamos ser
Íris
Não me deixe despetalar
A rosa dos teus olhos
Deixe, mais uma vez, desabrochar
A rosa dos teus sonhos
E quando o orvalho cair
Eu estarei lá para secar
Estarei para aquecer
Serie o sol do seu olhar
Nuvens cobrem sua visão
Lagrimas chovem em seu coração
Mas não vou despetalar
A flor que mora em teu olhar
Juras Noturnas
Você me deixa abestalhado, morena
Você me deixa sem ar
Seu jeito bobo de mexer nos botões
Seu jeito doce de me provocar
Seu rebolado me encanta, nega
Seus novos beijos a me envenenar
E esse seu olhar matuto
De moça jovem que quer namorar
E é assim que cê me toca, nega
Passamos noites a versar
Juras e provas, provas e juras
Amor a dois a luz do luar
Mas não se importe comigo, morena
Cê não precisa me esperar
Sei muito bem encontrar abrigo
Mas saiba que vou te buscar
E sei que o céu tá escuro
Mas é no breu que se fica bem
E nessas madrugadas te procuro
Nossos corpos juntos a fazer alguém
E é assim que cê me toca, nega
Passamos noites a versar
Juras e provas, provas e juras
Amor a dois a luz do luar
Amor por Amor
Amor, suspeito amor.
Para que tanto te amar
Se ao menos te tocar pudesse
Se ao menos te beijar quisesse
Amor, ó grande amor.
De que tanto suspeito
Amor que não tem mais jeito
Amor que não pode ser perfeito
Se teus lábios dizem que não
Quem sou eu para selá-los
Se ao menos com um beijo fosse
Mas muito pelo contrário
Se teu corpo diz que sim
Quem sou eu para negá-lo
Um abraço adoçado
E um suspiro eterno
Amor, tão falso amor.
Por que me deixa te amar?
Terás respostas ao luar
Ou nesta dor vou ficar?
Amor, o meu amor.
Se é que me amas (ou amará)
Por que me chamas Seria apenas para nos deitas?
Sexo dos Anjos
Me desculpe por ser fraco
Sei que poderia evitar
Não provar do fruto amargo
Doce era e me fez amar
Me desculpe por estar apaixonado
Me amaldiçoe por te enganar
Ate o anjo mais disciplinado
Se renderia por se apaixonar
Agora me resta perder as asas
Morder mais profundamente o fruto e me mortalizar
De que adianta o paraíso
Se sozinho e feliz não quero ficar?
Sei que o pecado é original
Mas eu pude copiar
Acariciar a fruta amada
E seus lábios suculentos beijar
Ah, triste céu azul!
Me jogarei sem asa
Me chamaram de amante do pecado
Louco, porem apaixonado,
Serei uma anjo nu
Serei um anjo amado!
Poemas Fingidos
Como é triste o poeta
Que não consegui se expressar
Dizer as coisas mais bela
A bela que o vem provocar
E de onde vem esta
Que os encantos o faz calar?
E qual o nome desta
Que a ela não sabe recitar?
Triste poeta, o que queres?
Será que se pôs a amar?
Tu que fingis sentir
Enfim, pode se apaixonar?
Então, fica a duvida
Se tu amor ela virá perceber
E sofrerá a dor que inventaras
E a ela, poderá escrever
Como é triste o poeta
Que sabe se expressar
E recita as coisas mais belas
A bela que nunca irá amar
Partilha de Uma Dor
Tão pobre amor foi-se o encanto
De um beijo agora tão amargo
De quem amou em um instante
E tristemente paga seu pecado
Do alto avisto teu corpo vivo
Vivo e doce como veneno fraco
Que nos mata a cada doçura
De um gole viu e farto
Lembro-me bem da roupa tua
De tudo o que me explicou do mundo
Que mundo voa e a gente fica
Girando feito um bobo, sei que fico.
Aqui e ali ainda lembro
Do que me disse do começo ao fim
Do triste amor amargo que teve
E eu, pobre amante, fui-me junto no fim
Agora compartilho de tua dor
E, tua dor, gravaras em min.
Agora choro e lamento dor
Ambos de um amor que chegará ao fim.
Eclipse Astral
Moça,não faça isso comigo
Eu não posso deixar meu sertão
Mas você me obriga a isso
E não encontro outra solução
Quero sentir tua pele
E provar teu sabor
E me dormir em um sono leve
Nos teus braços, no teu calor
Dos astros, eis o sol
Pois existe para me iluminar
Então posso ser teu reflexo
Teu sorriso tornar-se o meu em um luar
Mas quero que saibas, leãozinho
Que fomos feitos para nos amar
Você é o fogo que me aquece
Eu,câncer, sou a água a ti refrescar
Mas sei que um dia desço do norte
E no teu sul vou te buscar
Para criarmos laços mais fortes
E em uma praia qualquer nos amar
Álbum de Recordações
Deixa eu olhar pela janela
E ver tudo o que se vai
Olhar a tinta seca na aquarela
E ver que a vida se esvai
Derramo um pouco de água da janela
Como se derrama a dor
Se espelhando na vista bela
Como se borrasse o esboço do pintor
Quem sabe minha vida é uma mistura
De cores frias e calor
Quem sabe hoje seja o dia
De mudar esta fria cor
Enquanto em meu quarto
Traço linhas mal vividas
E de erros me farto
Pois são como figuras mal definidas
Meu corpo marcado
Pelos fortes riscos da vida
O tempo que fora roubado
Por uma fotografia perdida
Paradoxo do Sonhar
Perco-me nesses traços seus
Perco-me nessa boca tua
Perco-me aos encantos teu
Perco-me na doçura tua
Se de tanto me perder em ti
Ainda guardo uma figura tua
De linhas mal produzidas minhas
Que nunca pareceram com a real beleza tua
Se por acaso o quadro tire vida
De min e então morrer em teus braços
Ao menos leve contigo um abraço
De uma caricia que contigo divida
Então o toque no papel
Que risca o vermelho da boca
Em traços fino delicados teus
Que os meus a tua busca
Mas me perco todo em ti
Perco-me todo em tuas coxas
Perco-me louco em tão leves traços
Que eu profano-o em riscos e embaraços
Mas quem sabe você seja
A obra-prima que tanto desejo
Meu coração que agora lamentaQue seja arte e não real, visto que me atormenta
Teatro Romântico
Às vezes esqueço da vida
Mas sabe, me lembro de você
São nesses dias que percebo
Que não sei mais viver
Você tomou minhas tristezas
Mas também os sonhos de viver
Levou contigo uma esperança
De um dia nos comprometer
Mas sei e sei que isso não há
Nós fingimos para não chorar
Teatro, nossos corações atores
De uma peça, a dois, a atuar
Fingimos sentir apenas
Sentir aquilo que se chama amar
Fingir caricias e outras cenas
Mas não sabemos fingir na hora de beijar
O suspiro fundo e um despedir
Despedimos do nosso olhar
Para que de encontro
Nossos lábios possam se tocar
Assim termina nossa valsa
Assim termina antes da musica parar
Fingimos uma ultima dançaSem saber quando, outro dia, talvez, nossos lábios se encontrar
Mapa do Amor
Antes que eu me perca em teus olhos
Que eu me perca em tua pele
Sinta o calor do teu colo
E que teu perfume me leve
Me deixe dormir em tua boca
E deste cálice beber
O sumo da fruta mais pura
Aquela que sem permissão não posso colher
Mas sei que há um deserto em teu peito
O meu também não há ninguém
Deixa eu preencher o teu de afeto
E com teu encanto, o meu também
Para mim você é uma viagem
Sem rumo e sem fim
Qualquer pedaço de tua derme, uma estalagem
Mas saiba que tua boca é o verdadeiro destino enfim...
Nós, Pronome Indefinido
Às vezes acho que não me deseja
Ou se deseja, apenas, que ti faça mulher
Te verse poesias sinceras
E me deixe solto a uma qualquer
Às vezes penso que me queira
E também tente a min achar
Em alguma rua da sua cidade
Ou em outra boca ao beijar
Ambos sabemos que amar é engano
Mas nos queremos, buscamos errar
Nos negamos um olhar sincero
E mesmo assim nos vemos a sonhar
Ninguém entenderá essa historia
De viver e ao mesmo tempo imaginar
De racionalizar o sentimento vivo
E de não, a ele, nos entregar
Ainda Conto de Fadas
Você me tem em suas mãos
Sou seu boneco de chumbo
Posso virar mundo
Mas a ti que procuro
Você vive em um castelo
E exige que te salve
Salvar do tédio, pois te amo
Degraus subo a teu embalo
Derroto medusas e dragões
São teus pais, desculpa, fato
Derroto ainda uns leões
São meus cunhados, aí eu me farto
Mas sou seu boneco de chumbo
Minha missão é meu fardo
Subir degraus, descer porões
Contando, fico como bardo
Aí te vejo deitada
Linda, a virgem esperada
Aí você diz: depois de casar
Aí eu penso: depois de tudo vou só beijar
Silvia
Me deixo mergulhar em tua boca
Respirando, calmamente, teus suspiros
Mergulhando sem perceber
Te fazer meu prazer
E me vou seguindo sem rumo
E me encontro em teu vale
Que, onde, costumo me dormir
Mas não agora, vou prosseguir
Teu coração, sol a pino
Vem aquecendo meu caminho
E me perco no deserto de teu ventre
Macio e saboroso que pede que adentre
Me deleito em tua relva
Redescobrindo terras virgens
E monte é o que vemos
O teu monte de Venus
Me deixo caminhar ali
Deixando, aos poucos, você me seguir
E começamos sem perceber
Me fazer teu prazer
Razão do Vinho
Me permita sonhar, razão
Você não tem razão de me privar
Você não pode me deter
Vou te fazer delirar
O que eu quero dizer é que
Pode estar em qualquer lugar
Desde um corpo de mulher
A um copo a embriagar
Você sobrevive na quaresma
Mas sucumbe a cada carnaval
Você se imagina correta
Mas correto nem o natal
Vê o vermelho fresco?
O pulso a levantar
O copo que uva trás
Tentando aos poucos um pouco sonhar
Onde Andará a Aquarela?
Em rabiscos rápidos
Em traços firmes sem borrar
Criamos o que seria esboço
Do quadro clássico, amar
Dosamos cores como carinhos
Pano de fundo, qualquer lugar
Tentamos pintar nosso mundo
Mas a tinta veio a derramar
Nosso céu, antes paraíso, agora perdido
Era cor primaria de paixão
Borrado ficou teu batom
Em contrate ao novo céu, solidão
A tinta seca acinzentou
Um acidente de desamor
Uma moldura bem menor
Do que seria minha dor
Pintei, então, em traços fracos
O que seria minha desilusão
Um abstrato tão exato
Como a inexplicável solidão
Login
Deixa eu logar teu coração
Não me interessa se há erro de programação
Me interessa é acessar esta maquina
Senha incorreta, abro outra pagina.
Estou buscando em varias janelas
No meu peito postei o nome dela
Já trascendi em avatar
Mesmo assim não consegui encontrar
Loanding é o que diz na tela
Em sites de busca têm teu nome
No google earth, minas, fui pesquisar.
Mas no mundo real não posso alcançar
Já deletei do HD esta lembrança
Armazenei arquivos de esperança
Só sobrou esta saída, amor
Senha correta, agora logou.
Romance moderno
Ligo a tela d computador
Enquanto a vida real vou deletar
Sei que a teia só causa dor
Mas único meio de te reencontrar
O teu calor vem do motor
Mas foram frias palavras a digitar
Que compuseram a prosa do amor
E outros versos virtuais a dedilhar
Tua fotografia na tela do torturador
Como pétalas que só posso observar
Pois a distancia me causa dor
Como se fosse espinhos que não posso tocar
Te escrevo a todo valor
Poemas ctrl-C ctrl-V a teclar
Como um louco sonhador
Na fantasia de voltar a te beijar
Simplesmente amar
Simplesmente amar
E com o azar de quem ama
Sofrer a dor da solidão
Em meio a uma multidão
Simplesmente amar
E com a pureza do abandono
De se achar sozinho
Em uma noite sem sono
Simplesmente amar
E com a raiva de quem gosta
Tentando sempre fazer o melhor
Como em uma louca aposta
Simplesmente amar
E que morro de amor
A timidez me destrói
Sei que a culpa é minha
Me sobra apenas dor
Simplesmente amar
E eu amo
Como amo
É chato, mas amo
Sei, sei, mas amo
Perco sono, mas amo
Pois simplesmente amo
Planos
Só agora me dou conta
Que o tempo começa a passar
Só agora me dou conta
Que o tempo não vai voltar
Vejo tudo se indo
Dizendo volto já
Vejo todos envelhecendo
Vejo as horas passar
Nossos planos, velhos planos de infância
Que nunca vão se concretizar
Nossos sonhos em aberto
Esperando o tempo certo de acabar
Veja só o dia lindo
A chuva de domingo
As coisas o céu, terra e mar
Mas deixe a porta aberta
Ao menos eu posso voltar
Nossos planos, velhos planos
Que infância! Sem se pensar
Novos sonhos em aberto
Esperando o momento certo de se sonhar