sexta-feira, 31 de julho de 2009

O DIA E O SONO

O DIA E O SONO
OS MISTERIOS DO ESQUECIMENTO DIARIO

O dia de amanhã... O que seria de nós sem ele? Talvez um bando de tolos que brincaram de buscar a felicidade, que estava tão próxima de nós.

Esquecemos de olhar as estrelas em dia sem nuvem e a lua nos dias de escuridão plena. Esquecemos de dar sorrisos, e de descobrir uma lagrima escondida no canto da boca no tentar esboçar alegria a um amigo.

Perdemos a hora de ser feliz, perdemos o tempo de ontem, esquecemos de brincar hoje, nos esquecemos de ser livres, de ser o que se pode sonhar, ou mesmo esquecemos de sonhar.

Quando não era dia de chuva reclamávamos do calor, quando não era dia de sol reclamávamos do frio. Quando não era dias de festa reclamávamos do tédio, quando não eram dias calmos reclamávamos da solidão.

Sim, nós sempre deixamos a vida passar. E como ela passa sutilmente por nós... Por nossas cicatrizes, espinhas e rugas... Como somos tolos de deixá-la passar.

Esquecemos de tentar descobrir desenhos nas nuvens para tentarmos descobrir cravos em nossos rostos. Esquecemos de descobrir uma tarde boa entre amigos e filmes para tentarmos descobrir festas entre desconhecidos no sábado à noite.

Esquecemos de dizer bom dia, ou obrigado. Quem sabe, nos privamos de dizer eu te amo por medo de errar, mas quem nunca errou? E quem nunca acerto por chute? Tendemos a nos perder dos amigos por medo de sermos sinceros conosco e dizermos em alto e bom som, mesmo que precipitado, eu te amo, mas de que servirão estas palavras senão para serem conjugadas?

Terminam-se os dias e as horas s perdem como moedas sem valor, e como milhares de moedas perdidas reclamamos da fortuna que nos foi roubada, por nossa própria culpa.

Desista de tentar ser feliz! Desista de tentar viver!Desista de tentar amar!

Seja feliz, viva e ame...

Há coisas que não valem a pena ser tentadas, mas sim conquistadas. Pois o ano termina a cada dia. O natal acontece a cada nascimento de manhã. A amizade acontece a cada convício sincero. Os amores a cada dor compartilhada e a vida a cada momento que se pode sonhar!

Mas não nos detenhamos aos sonhos invisíveis... Sonhemos juntos uma canção de ninar, que nos acalme a dor do existir, mas não um existir solitário... Um existir completo.

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