domingo, 31 de outubro de 2010

Primaveras

Primaveras

Em tuas asas quero flutuar
Sentir a brisa da manhã
Meu corpo em teu corpo
Um vôo delicado no ar

Pétalas e plumas se espalham
As cortinas calmas balançam
Teu sorriso irradiando em sol
Que os pássaros não se cansam, cantam...

Tudo é uma magia tão bela
Que se reverbera em nossas mãos
Que me agarram e te seguram
Que abraçam e se procuram

Quero isto todas as manhãs
Assim como eu sonhei
Assim como tu me contou
Assim como te amei

E no fim de nosso devaneio
Quero beijá-la sem hora pra acabar
Quero abraçá-la com se não existisse um fim
E desposá-la da forma que sonhará por mim

Velhos Assobios Ancestrais de um Sonho

Velhos Assobios Ancestrais de um Sonho

Eu deixo você atravessar os limites do meu ser
Deixo você morar por baixo do meu véu dos segredos
Deixo você fazer abrigo em minh’alma
Eu deixo tua boca sussurrar palavras bonitas como vento
Deixo teus cabelos enrolar meu corpo
Deixo teu calor me aquecer do frio da madrugada
Deixo, deixo tudo assim
Indo embora de mim
Pra tu me dominar em teu amor
Vem, que a hora é agora
Vem antes da esperança ir embora
E, enfim, restar só nós dois
Deixo meu universo suspenso em prateleiras
Pra me deixar em tua rede
E no balanço das horas vou deitar
Deixo tudo assim, em perfeita harmonia
Borboletas multicoloridas pairam em meus sonhos
E os sonhos pairam em ti
Deixo minha vida em tuas mãos, sacrifício sagrado
Me profano, então, sou teu corpo amado!

sábado, 30 de outubro de 2010

No Balanço dos Corpos Dançamos

No Balanço dos Corpos Dançamos 

Quero o movimento de teu corpo no meu
Dançando livres como um só
Quero o teu ritmo de encontro ao meu
Como o vento que dança com pétalas de amor

Quero sentir teu corpo macio
Se derretendo com me calor
No arder dos corpos dançantes
Nos movimentos doces dos desejos

Entre o sagrado e o profano
No desenvolvimento dos passos
Nos olhares flamejantes
No suingue contagiante

Dançamos nossas fantasias
Nossas pequenas caricias dissimuladas
Sutis, como suspiro que vai da tua boca a minha
Como fruto doce, a saliva que vem com tua mordida

E finalizamos nosso ato
Com o sorriso sedutor
No balanço dos corpos dançamos
Símbolos de um dançante amor

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Celebração a Morte em Vida

Celebração a Morte em Vida

Nada vale nada nesta vida

Nem o suor do seu rosto
Nem a mão que lhe afaga

Quanto menos se espera
Dissimulam o gosto
Lhe diluem a alma

Dentre tantas vozes e teorias
Nada disso adiantaria
Para a compreensão da delicada morte

O terno desespero
O vazio, o nada, a paz
Tudo aqui tranqüilo jaz

Porque nada vale nada
Nem o beijo de boa noite
Nem o sangue que escorre na adaga

Nada vale nada...