segunda-feira, 30 de maio de 2016

Promethea


Promethea

Como descrever a imatéria viva dos devaneios e poesias? Como descrever os encantos da própria magia? Como dizer o indizível do sentimento? Como sentir sem se perder nos pensamentos? Eis que vem em brumas da manhã vestida de vento, sereno e frescor. Eis que vem dançando como música, sonhos e sons. Eis toda bela, que dum olhar se prova o sabor, do toque quente e leve se ouve o odor, e me afogas lento e imerso em amor. Mais sábio fosse me calar e mergulhar de vez e mais fundo nas ironias oníricas de teu ser. Deleitar-me sem refugio, despido de mim, apenas para teu prazer. Escrever as palavras mais fajutas e obtusas que não se possa ler. Eis que teu encanto sopra pra longe minha lógica fria, usurpando-me toda monotonia, deixando-me livre para poder voar e viver. E vivo atormentado pelo teu sorriso doce, tua caricia brisa, de um traço vermelho fosco que toca teu lábio grosso em forma de poesia. E, assim, desmancha no ar teu calor, tua pele, quando toca de leve os sonhos de quem a ti escreve...