quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Pela Janela do Carro (ou Na Estrada)

Pela Janela do Carro (ou Na Estrada)

Quando vejo a mim mesmo
É quando me vejo na estrada
Me vejo em movimento
As coisas não parecem mais estáticas

Me deparo com uma velha cerca caída
Ou uma casa vazia e abandonada
Várias coisas perdidas no caminho
Refletem o imperativo do destino...

(O tempo não abandona nada!)

O asfalto que serpenteia a frente
Serpenteia tateando futuros além
Escondendo segredos de quem veio, foi, quem vem
Por cima de tudo o que já foi (areia, piçarra, calçamento e estrada)

A poeira do sapato, a poeira do caminho
Dizem de destinos que já tracei
Contam histórias que nem lembro
E outras histórias que abandonei

É no movimento da estrada
Que me vejo em coisas passageiras
Distante do ponto de partida e chegada
Partindo de mim mesmo sem meios, sem medos...

(Na estrada!)