quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Qual Dor É Passageira?


Qual Dor É Passageira?

Eu não me esqueci
Eu conheço e reconheço meus erros
Eu não vim mentir
Apenas sou chegado ao desapego

Não posso me sacrificar
Em uma culpa tão singular
Perdida ao vento no primeiro
Momento em que vento soprar

Não é questão de opinião
Apenas gosto de mensurar
Aquilo que vale a pena ser sofrido
E aquilo que logo deve passar... (E mudar)

Mágoa, raiva ou rancor
Não é preciso tanta assim
Pra me fazer repensar e pensar
Pra sentir, fingir ou fugir (talvez)

Apenas gosto das horas
Horas de fingir
Horas de fugir
Horas de sentir (o adeus?)

Eu não me esqueci
Eu conheço e reconheço meus erros
Eu não vim mentir
Apenas sou chegado ao desapego

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Fio da Espada


O Fio da Espada

Eu queria ser uma espada, uma lâmina
Uma lâmina afiada
Tão afiada, capaz de cortar bambu
E eu cortava bambu, quando sonhava cortar madeira
Eu cortava madeira, quando sonhava cortar ossos
Eu cortava ossos, quando sonhava cortar almas
Minha lâmina nunca estava afiada o bastante
Eu sonhava rasgar, romper minha realidade
Cortas os céus e mares
Onde eu encontraria pedra capaz de amolar minha espada?
Tal pedra existiria no mundo em que vivo?
E eu sonhava...
Lâmina, onde perdera teu fio?
No bambu, na madeira, nos ossos ou na alma?
Onde amolará teu fio que não terce, mas retalha?
Fora as almas que fatiara ou tua própria que fizera perder o fio?
É preciso amolar a espada, tua alma, se desejas trespassar o mundo!
Resta saber: é a lâmina que amola a alma ou a alma que amola a lâmina?
Onde forjará teu novo fio?