terça-feira, 26 de abril de 2011

Eu, Ela, Nós!

Eu, Ela, Nós!

Ela me disse que as poesias poderiam ficar inacabadas, mas não por falta de amor! Ela está certa, tão certa em todas as coisas que ela inventa para me agradar. Ela é um segredo bom que gosto de guardar, pois pouco conto sobre o que sinto e sonho com e por ela, prefiro o silêncio que resguarde todas estas boas lembranças só pra mim, meu tesouro, meu mistério, meu segredo!

Em verdade, sequer tenho conseguido escrever poesias inacabadas, tenho me ocupado em vivê-las ao lado dela. Ela é minha mais bela obra, meu mais belo poema, meu mais belo sonho e devaneio, ela é meu amor!

Ela, aquela que me embalou no sonho mais profundo e na vida mais real, realizável! Ela que saberia dizer o que estou sentindo apenas com um olhar. Ela que riria de minhas piadas e brincadeiras mais sem graça, totalmente sem graça. Ela que também deseja que eu risse das dela!

Ela me guarda em seu peito, como artefato mágico, místico, como bem mais precioso, como lembrança mais fofa, mais pura. Eu que aceito ser dela, ser inteiro, ser apenas dela. Eu que nem sei quando comecei a amá-la, mas continuo e continuarei a amando pela eternidade, enquanto minhas poesias ressoarem pelo universo...

Ela, eu, eu, ela, nós!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Filha da Lua e do Mar, Sereia


Filha da Lua e do Mar, Sereia

Eu a vi no espelho da lua
Eu a vi nadar semi-nua
Apenas a penumbra a vestia
De segredos e água fria

Entre mantos noturnos que usava
Com detalhes que poucos adornava
Com pequenas pedras preciosas
Estrelas d’alvas e outras brilhosas

O mar que simula os céus
Que guarda as velas e os véus
Que vela os sonhos da magia
Que veleja os homens em fantasia

Ela se banha sem medo
Apenas o universo guardando segredo
De sua infinita singularidade
Se mostrando em plena liberdade

Era fruto selvagem da terra
Era desejo transfigurado em fera
Uma mulher doce e venenosa
Que mergulhava com sereia misteriosa

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Este Momento

Este Momento

Como um inexplicável olhar ela me tenta, me conquista, me carrega! Cada detalhe do seu corpo me convida, me atiça, me diverte! É, a vida anda cheia de gostos, sabores, amores e desejos! Tudo com um toque especial do teu tempero, teu sabor, teus beijos!

Dos detalhes mais bobos aos mais indiscretos, guardo todos comigo, os guardo com muita delicadeza e faço segredo, pois são todos só meus. Minhas lembranças mais tolas, minhas! O toque de sua mão, a respiração quente, abafada, sussurros... Tudo!

Se meu universo se limitasse aos limites de tua pele, de tua derme, já me seria o universo mais vasto, mais rico, mais belo, de descobertas sem fim, de provocações a um novo dia, meu devir!

E devo ser sincero ao dizer “este texto poderia ser melhor, mais bem rebuscado, com mais detalhes e com mentiras poéticas, mas não seria tão bobo, tolo, nosso!”. Um texto simples, para uma madrugada simples, que simplesmente quero repeti-la por toda a eternidade a que nossos corpos suportarem, enquanto sobrar eu e tu, enquanto formos um só, unir-versos, Universo!

sábado, 16 de abril de 2011

Algumas Rimas sobre Você e Eu

Algumas Rimas sobre Você e Eu

Bem que eu não te queria
Mas quis te encontrar
Foi o puro acaso
Difícil de acreditar

É como se a poesia
Criasse forma e confusão
Uma mistura de sentidos
Sentimentos e ilusão

Foi contos de fada, fantasia
Que não se deve entender
Uma distancia que agonia
E um reencontro a resolver

É a saudade no dia-a-dia
É o desejo de amar
Versos vendidos, sem melodia
Um belo dia, um grito: vamos casar

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sinestesia




Sinestesia

O caos das sensações me visita
Varias cores, tons e sons
Sinestesia a rigor
Puro deleite dos sentidos
Sentir sem significados
Coisas por si
Por experiência, por experimentação
Ação de ser no mundo
Ser da vida, que se vai
Vai e vem das ondas
Dos ventos, dos pensamentos
Vai e vem dos corpos
Tão dispostos a se porem nus
O caos das sensações me invade
Me ludibriam, me conquistam
Me apavoram e me acariciam
Eis o mistério, magia
Eis um toque, um gole, de sinestesia

Das Ultimas Horas

Das Ultimas Horas

Chove a chuva lá fora
E aqui, o barulho na janela
Tornando cada vez mais abafados
Os suspiros e os sorrisos dela

Delicadeza é palavra de ordem
A ordem de sonhar sem dormir
De permanecer em estado desperto
Quando a fantasia fluir

O friozinho da noite se espanta
Espanto da temperatura dos lençóis
Corpos indóceis e apaixonados
Calor ardente, dois sóis

Em um rito ancestral
Em que nada se profana
Cujo altar é nossa cama
A chuva é o menor temporal

Que o tempo se dilua se dissolva
Que vento não apavore só promova
O embalar do abafado gemido
Do mais doce som proibido

sábado, 9 de abril de 2011

A Magia do Amor

A Magia do Amor


Olhou os seus olhos e a acariciou os cabelos. Sussurrou palavras profanas com um doce sabor de pecado. Ela sorriu em silêncio, enquanto ele beijava seu pescoço. Aquele era o inicio de umas das mais belas cenas de amor romântico que dizem mais não existir e sobreviver.


Ele não sabia o que fazer tão pouco ela. Apenas sabiam que queriam estar ali com o outro e ser feliz. A cada beijo um novo suspiro, e a cada suspiro um maior desejo. Os corpos se encontram, mas não se uniam. As roupam vos impediam. Mas havia um desejo incomparável, meio místico, meu fantástico, aquilo que os velhos bardos cantam como Amor.


A cada sussurro no ouvido, a cada caricia desmedida, a cada beijo mal terminado, a cada olhar não-censurado, ardia ali o imperioso fogo da paixão, ardente e imponente, aquele calor que apenas dois corpos poderiam produzir. Ele diz que a deseja, ela diz que o quer. As pernas se entrelaçam, os corpos quase voam entre o colchão e os lençóis. O suor não atrapalha o desejo de se beijarem. Ele se decide por fim.

Se levanta, ela vem a seu encontro. Ele a beija o pescoço enquanto vai, delicadamente, retirando seu vestido. Ela sente leves tremores, mas não se nega sentir o seu destino. Seus lábios procuram o corpo dela, cada detalhe a ser beijado, provado, acariciado. Ela o segura, o toma novamente em um beijo. Ele decide se despir. Ambos parecem encenar uma coreografia, um balé sem ritmo, em que os corações palpitam mais que tambores-rituais.

Então os corpos se encontram, agora nus, vividos e puros. Sem haver caminho, sem saber como seguir, apenas deixaram seus corpos se encontrarem em tal belo calor. Os seios, a boca, cabelos, coxas, todos os detalhes se misturando, não se sabendo quem era ele ou ela, apenas Amor.

Então, o encontro se faz. Suspiros e um vago silêncio é seguido. Agora, e então, não eram simplesmente dois, mas um só, um só universo de paixões incontroláveis e de desejos infinitos. Seus corpos se moviam sem saber por que, a procura um do outro, em um movimento similar ao das marés. Era a tal Mágia do Amor, o encontro entre metades que se complementavam, que geravam o universo, o movimento da vida!

Eis tantas e tantas formas de se dizer que o Amor se faz no encontro primeiro entre dois corpos inquietos e curiosos em uma noite quente de verão sem fim e misteriosa, que guardaria segredos em forma de suspiros que se desmanchavam no ar.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Desejos Sem Glória

Desejos Sem Glória

Onde se encontram os olhos daquela menina?
Eu que tanto a queria
Eu, que de tão louco, sorria
Vi se sumir na esquina

Ah, se eu soubesse onde morasse!
Onde vivia com todos seus olhares
E corresse nua entre os pomares
Ah, se ela me namorasse!

E quem saberia quem é ela
E seu nome me enviassem
Para que a desencantassem
E gritaria sua graça pela viela

E assim se foi a história
Sem pé, pentelho ou cabeça
Apenas que, aqui, aconteça
O desfecho sem glória

Versos Sem Inspiração



Versos Sem Inspiração

Eu me conheço de algum lugar
Desconhecido, quem sabe acolá
Eu me conheço das ruas, esquinas
Eu me conheço dos lábios da menina

Eu fui e vim, um dia eu serei
Tantas coisas que esquecerei
Eu fui do bem, eu fui do mal
Hoje em dia sou pleno carnaval

E seu eu deixar algo para trás
Volte e lembre-se que fui um bom rapaz
Sem muitas magoas e muitos amores
Sobrevivendo ao mundo de horrores

E eu perdi minha identidade
Mas quem sou eu mesmo de verdade?
E respondi com toda displicência
Eu sou o que fui em toda experiência