terça-feira, 12 de abril de 2011

Das Ultimas Horas

Das Ultimas Horas

Chove a chuva lá fora
E aqui, o barulho na janela
Tornando cada vez mais abafados
Os suspiros e os sorrisos dela

Delicadeza é palavra de ordem
A ordem de sonhar sem dormir
De permanecer em estado desperto
Quando a fantasia fluir

O friozinho da noite se espanta
Espanto da temperatura dos lençóis
Corpos indóceis e apaixonados
Calor ardente, dois sóis

Em um rito ancestral
Em que nada se profana
Cujo altar é nossa cama
A chuva é o menor temporal

Que o tempo se dilua se dissolva
Que vento não apavore só promova
O embalar do abafado gemido
Do mais doce som proibido

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