sábado, 9 de abril de 2011

A Magia do Amor

A Magia do Amor


Olhou os seus olhos e a acariciou os cabelos. Sussurrou palavras profanas com um doce sabor de pecado. Ela sorriu em silêncio, enquanto ele beijava seu pescoço. Aquele era o inicio de umas das mais belas cenas de amor romântico que dizem mais não existir e sobreviver.


Ele não sabia o que fazer tão pouco ela. Apenas sabiam que queriam estar ali com o outro e ser feliz. A cada beijo um novo suspiro, e a cada suspiro um maior desejo. Os corpos se encontram, mas não se uniam. As roupam vos impediam. Mas havia um desejo incomparável, meio místico, meu fantástico, aquilo que os velhos bardos cantam como Amor.


A cada sussurro no ouvido, a cada caricia desmedida, a cada beijo mal terminado, a cada olhar não-censurado, ardia ali o imperioso fogo da paixão, ardente e imponente, aquele calor que apenas dois corpos poderiam produzir. Ele diz que a deseja, ela diz que o quer. As pernas se entrelaçam, os corpos quase voam entre o colchão e os lençóis. O suor não atrapalha o desejo de se beijarem. Ele se decide por fim.

Se levanta, ela vem a seu encontro. Ele a beija o pescoço enquanto vai, delicadamente, retirando seu vestido. Ela sente leves tremores, mas não se nega sentir o seu destino. Seus lábios procuram o corpo dela, cada detalhe a ser beijado, provado, acariciado. Ela o segura, o toma novamente em um beijo. Ele decide se despir. Ambos parecem encenar uma coreografia, um balé sem ritmo, em que os corações palpitam mais que tambores-rituais.

Então os corpos se encontram, agora nus, vividos e puros. Sem haver caminho, sem saber como seguir, apenas deixaram seus corpos se encontrarem em tal belo calor. Os seios, a boca, cabelos, coxas, todos os detalhes se misturando, não se sabendo quem era ele ou ela, apenas Amor.

Então, o encontro se faz. Suspiros e um vago silêncio é seguido. Agora, e então, não eram simplesmente dois, mas um só, um só universo de paixões incontroláveis e de desejos infinitos. Seus corpos se moviam sem saber por que, a procura um do outro, em um movimento similar ao das marés. Era a tal Mágia do Amor, o encontro entre metades que se complementavam, que geravam o universo, o movimento da vida!

Eis tantas e tantas formas de se dizer que o Amor se faz no encontro primeiro entre dois corpos inquietos e curiosos em uma noite quente de verão sem fim e misteriosa, que guardaria segredos em forma de suspiros que se desmanchavam no ar.

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