sexta-feira, 31 de julho de 2009

Onde Andará a Aquarela?

Onde Andará a Aquarela?

Em rabiscos rápidos
Em traços firmes sem borrar
Criamos o que seria esboço
Do quadro clássico, amar

Dosamos cores como carinhos
Pano de fundo, qualquer lugar
Tentamos pintar nosso mundo
Mas a tinta veio a derramar

Nosso céu, antes paraíso, agora perdido
Era cor primaria de paixão
Borrado ficou teu batom
Em contrate ao novo céu, solidão

A tinta seca acinzentou
Um acidente de desamor
Uma moldura bem menor
Do que seria minha dor

Pintei, então, em traços fracos
O que seria minha desilusão
Um abstrato tão exato
Como a inexplicável solidão

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