Fabricas e Fabricações
Como acordes tristes de um piano solitário
Uma marcha fúnebre se presenteia
Não a lira dos vinte anos
Mas a opera do pobre operário
Cansado dos seus dias de silencio
Profetiza sua dor ao mundo
Mas os silêncios de outros o cala
E em melancolia mergulha fundo
O céu cinzento de fabricas
O ar sem vida e morrendo
Um trago num cigarro amassado
Aos poucos o dia amanhecendo
Senta-se no trono imundo
Chora o choro dos desvalidos
Grita dentro do peito em lagrimas
Dorme, solitário, um sono profundo
Ainda bem que é feriado
Ao menos assim descansará
Acalmará seus ossos
Um corpo inerte, que lutou, e encontra-se cansado
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