Tão Malina
É o universo que dança a teu redor
Em formas finas multicoloridas
Desafia aquelas leis da física
Rodopiando em vergonha e malícia
Lábios que contraem
O tempo, o espaço, mais
Formam curvas, formam arcos
Enrijece desejo e pecados
E estas curvas, tão curvas, sinuosas
A meia-luz, que a luz se dobra
A meia-lua, meia-noite, meia-hora
Eu meio-tolo, tu perigosa
É o perplexos do convexo do olhar
Da sombra mística do teu balanço no ar
De um vestido, tão vestido a revoar
Das duras penas, duas pernas a mostrar
É o bagaço do meu ser a ver teu ser
Da minha retina, desatina ao te ver
Fabula da fruta a ser mordida
Tão fabulosa, obtusa, tão malina