domingo, 30 de outubro de 2011

Primeiro Amor

Primeiro Amor

Uma folha de caderno, um universo
Rabisco poesias em um mundo incerto
A segura do meu quarto não vai me proteger
Do amor secreto que guardo sem dizer

Meu rosto, meus olhares me denunciam
Anunciam a vergonha de te pronunciar
Aquele verbo tão bonito, rebuscado
Profecia que não vai se realizar

Quanta timidez cabe em mim?
Quando o medo vai me abandonar?
Temo mais o silêncio ou noite?
Ou temo mais o teu singelo olhar?

Passam-se os dias, passam horas, eternidade
Para quem tem pouca vida, pouca idade
Cada momento uma nova oportunidade
Tudo ou nada, um desejo, uma vontade

Risos abafados no corredor
Tremo, aos suspiros, por tua voz
E mesmo que o mundo desabe, acabe
Te entregarei uma carta, nós dois a sós

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