É muito difícil descrever aquilo que foi vivido e gravado na pele. Tuas curvas (se) moldam as minhas. Teus gestos acompanham os meus. Danças uma música sem melodia, mas cheia de acordes abafados, quem sabe, um dia, a luz de velas. É incrível como um mergulho em teu olhar, teus olhares, são mares, oceanos, de mistério, ternura e amor. Me inundo de teu ser. Me diluo nas tuas marés, me deixo ser parte de tua correnteza...
As pequenas carícias... a mão que passei pelo rosto, que desce pelo torso, se perde no infinito. Como semente que explora o mundo, ainda, não vivido, em busca de ar, de calor. Tateia a carne, a pele, encaixando-se para nascer, brotar, florescer. A semente penetra a terra para rompê-la, para borbulhar pequenos e invisíveis silvos do vento, ao tocar sua folhagem.
Cada traço, cada gesto, cada olhar. Estamos inteiros nisso. Flutuamos no infinito, entre as nuvens, entre as pedras... E meu corpo não cala o teu, abafa com sabor o pequeno afago de tua voz, dilacera toda necessidade de pensar, me entrega ao teu sentir, meu sentir.
Estas são as pequenas delicias da vida. [inomináveis]
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