sábado, 21 de maio de 2011

Caminhadas


Caminhadas

Caminha, ninguém sabe aonde vou
Perseguir os ladrinhos da rua
Sentir-me livre de madrugada
Sendo seguido, apenas, pela lua

Caminha, o mundo seria tão mais belo
Se soubéssemos apreciar
A delicadeza de nossos passos
Sem risco, dor, pressa, caminhar

Sentir o frio da noite adentrar meu corpo
Cada passo ressoar pelo chão
O silêncio fresco se espalhando no espaço
Um olhar cortando a escuridão

Caminha, sentir a grama e as poças de chuva
Descer ladeiras, subir escadas
Ouvir os sons da noite e seu luar
Se perder no labirinto de estradas

Caminha, esquecer do presente e passado
Passar por vias, postes e construções
Seguir sem rumo sem destino
Acalentar cansados corações

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