quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Poesia Sofrida (ou o Parto sem Luz)

Poesia Sofrida (ou o Parto sem Luz)

Delicados dedos que bailam no ar
No teclado sapateiam a desenhar
Palavras incógnitas que aos poucos povoa
Desmembrando o incerto em poesia boa

Queria uma prosa extensa e potente
Mas só consigo o inverso, algo imponente
Em pequenos e belos versos
Que, em mim, se mantinha submersos

Antes fosse uma historia de amor
Ou contos de morte e dor
Que esta poesia sem alma
Sem teto, sem gosto, sem calma

Ó inspiração, por que me abandona
Encontraste outro senhor ou eu outra dona?
Estes amores passageiros sem paz
Só servem pra uns poucos momentos e nada mais

Que as musas me escutem
Que me lembrem e me ajudem
Escrever é meu querer
Meu calvário e meu prazer

E delicados dedos que bailam no ar
No teclado sapateiam a desenhar
Palavras incógnitas que aos poucos povoa
Desmembrando o incerto em poesia boa

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