Desvanece a flor
Não se reconhece
Não o faz ao se tocar
Não enlouquece
As pétalas macias
Macias a quem?
Se não for a si
Por que dedica a alguém?
Não precisa de espelho
Nem de voto ou desejo
Nem quem olhe por ti
Nem traição em um beijo
Paradoxos a parte...
Por que se envaidece
Se empluma a florir
Se nos outros padece?
A luz que ti guia
Reverbera de teu ventre
Não se entregue aos ventos
Apenas amor te adentre
Cresça, cresça pequena flor
Despetale-se por si
Nunca, para outros, ver e vestir
Sinta seu corpo, doma-ti
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