sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sinfonia a uma Flor


Sinfonia a uma Flor

Desvanece a flor
Não se reconhece
Não o faz ao se tocar
Não enlouquece

As pétalas macias
Macias a quem?
Se não for a si
Por que dedica a alguém?

Não precisa de espelho
Nem de voto ou desejo
Nem quem olhe por ti
Nem traição em um beijo

Paradoxos a parte...
Por que se envaidece
Se empluma a florir
Se nos outros padece?

A luz que ti guia
Reverbera de teu ventre
Não se entregue aos ventos
Apenas amor te adentre

Cresça, cresça pequena flor
Despetale-se por si
Nunca, para outros, ver e vestir
Sinta seu corpo, doma-ti

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