sábado, 20 de abril de 2013

O Declínio da Carta XVI (ou Manifesto Contra a Torre de Marfim)

O Declínio da Carta XVI (ou Manifesto Contra a Torre de Marfim)

Em jogos de cartas marcadas, eu subverto a ordem, eu inverto os temas, eu invento a roda. Não é preciso ir muito além para se descobrir uma teia de aranha, uma teia digital, que nos prende (ou tenta nos prender), nos limitar as asas, mas não nos cansamos de voar! Ateamos fogo contra a teia que nos prende e chamuscados abrimos asas, abrimos voo em decadência, e em ultimo instante em cena, nos revelamos fênix e vitória! Afinal, a magia nasce da necessidade!

Não será por seguir o som de seus passos que poderemos vislumbrar o horizonte... Queremos sempre ir além, além da máquina, das maquinarias, de um horizonte holográfico, queremos fingir tocar com ímpeto o firmamento. Somos deuses que nasceram da carne do homem, somos homens que provieram das ideias dos deuses. Somos encarnação de um canto muito antigo e há muito esquecido, somos magos ordinários em tempos de pessimismo colorido, dolorido e extasiado, que nega a dor de existir e anestesia a tentativa de inventar um mundo novo (mas não a Nova Ordem Mundial)!

Somos a semente, que ninguém plantou. Somos o fruto, que ninguém degustou. Somos a árvores, que ninguém abraçou. Somos caminho ainda a ser feito! Ouça o som da minha voz, mas não siga meus passos. Ouça o apelo do mundo, mas não curve diante dele. Ouça o tempo girando, descendo e rodando sem fim, mas não se perca nele.

Desperte!

Mesmo assim, talvez você queira jogar o jogo das cartas marcadas, nada impede. Cada um que faça seu caminho, mas há um pedido, um único imperativo que vale a pena ser escutado e seguido:

E agora vão, e cometam erros interessantes, cometam erros maravilhosos, façam erros gloriosos e fantásticos. Quebrem regras. Façam do mundo um lugar mais interessante por vocês estarem aqui. Façam boa arte!”*

* Trecho retirado de um discurso proferido por Neil Gaiman. Escolhido por mim por parecer um bom devaneio!

Nenhum comentário:

Postar um comentário