Tempo Estático
A poesia que existe em mim está de férias
Feridas abertas rasgam o papel
Passam tempos buscando sentidos
Se os tiro de dentro ou de fora de mim
Em parte, se é que se pode dizer assim
Sinto-me vazio e vagando pensamentos
Pesados presságios de uma alegria que nunca foi
Folhas que caem secas dum galho
Ciclos da vida em fim de tarde
Tardam nuvens que se perdem cinzas
Se é que se perdem apenas de mim
Mistérios que me tornam longe, distante
Por onde andará aquela antiga paixão
Para viver intensamente cada migalha de tempo?
Tempestade de sentidos e devaneios que me abandonam
Abatido como um ponteiro de relógio sem movimento
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