quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Relíquia da Amizade Fingida

Relíquia da Amizade Fingida

Oh! Delicada comedia humana
Aqui me chama a sonhar
E a insônia me distancia da noite
Enquanto o dia te convida a levantar

Somos um contraste perfeito
Um belo espelho sem luz
E nos confundimos no meio
Amizades, amores e medos
O que nos seduz?

Você é meu dia, eu tua noite
Amanhece o silencio a falar
Palavras cheias de beijos escondidos
E anoitece palavras a calar

E nos inventamos mentiras
Juramos indefinição eterna
Nos negamos a nossa Maçã proibida
E mais uma vez o verbo é objeto
Amor não flexionado em nosso peito se enterra

Oh! Delicada comedia humana
Que a chama queima a sonhar
O peito que arde em suas próprias mentiras
E em tua boca me ponho a deitar

Belo descanso de nossas fadigas
Então me diga que não quer me beijar
O beijo que nos provoca ferida
Aberto peito em caricias
O objeto vira verbo, amar

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