segunda-feira, 27 de junho de 2011

Para os que Vem/Vêm

Para os que Vem/Vêm

O mundo é logo bem aí
É só dobrar uma esquina
Dobrar a folha do cigarro
E cair na rotina

E o mundo se esvai
Em pequenos maços de fumaça
Entre carretas, trio-elétricos e caminhões
E volta ao normal, não importa o que se faça

Leio livros, reinvento Foucault
Em um tom acinzentado, pasmo
Vendo tudo a La Pierre Verger
Entre os pretos e os brancos neste marasmo

Se tudo fosse tão simples barroco
Por que o mundo emudecesse?
Seria a falta de verbos
Ou o excesso de regras que me desse?

Fico na filiação marginal
De um poeta em degradação
Em gradeados de bebidas
Em torno de uma graduação

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