segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A Izabella, com Amor.

A Izabella, com Amor.

Sensação estanha de parecer viver o fim de um seriado (ou pelo menos o fim de uma temporada). Ver a linha do horizonte cortando o céu azul, um céu nublado, parecendo compreender minha doce solidão, meu retorno a vida real, que é me separar de meu amor. Acordar de um sonho lindo!

Tudo parece tão em calma. O clima meio frio, em uma cidade tão abafada, parece surreal. A paisagem harmônica, paradoxal a tudo o que se vê em dias comuns, como chamamos. As folhas secas que caem das árvores, um silêncio de fim de ano. As nuvens cinza no céu, anunciando uma noite solitária, nada solidária. Um gole de café.

Ouvir Cazuza, Legião e, até, Coldplay tomam um tom diferente do normal. Minha aquarela vivida está borrada com tons de saudosismo. Esta tinta que mancha minha tela é a saliva bebida de teus lábios, doces e suculentos. Este mundo vai deixando o dia amargo, mais que o meu café que toca meu degustar. A docilidade que há em teus beijos só faz sentido em teu lado, sem ti, o mundo amargo!

Não quero que sinta pena, mas compreenda que o brilho de teus olhos ilumina meus dias. O toque de tua pele me acalenta e me esquenta o coração. Que o perfume que teus cabelos exalam, me entorpece os sentidos, me fazendo sonhar acordado.

São pequenos detalhes de um domingo parado. Ruas vazias. Casa silenciosa. Músicas melosas. Tudo muito calmo e sonolento. Tão distante está minha paz, meu ser, meu querer, meu amar!

Sou grato pela tua presença e tua ausência. Uma me faz viver, a outra me faz escrever!
São as faces necessárias a um poeta.
Sou-te grato, minha musa.

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