Amantes
Um grande amor é como um delírio, às vezes é preciso esquecer, pra quando menos
se esperar, nos mínimos detalhes, que ele reapareça, reascenda, tome corpo,
forma, gestos, sem por que, sem vê pra crê!
E é apenas pela maldade de estar ali,
firme e forte... E cruel. É pra lembrar que estamos vivos e que temos um novo e
velho motivo para sorrir e escrever, e chorar, e relembrar, e rever, velhos
sentimentos no peito.
É como uma flor que caí, mas não
murcha. É colhida com carinho e recato. É guardada no fundo, não num baú. No
fundo do peito? No fundo de um livro, que conta histórias... Histórias que
nunca se viu, distantes!
E o melhor, é uma poesia que não cabe
na ponta do lápis, extrapola, tem que acontecer!
É um ato constante, um ato de querer.
Desejo que não cessa a culpa... De viver!
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