segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Devaneios de um Fim de Noite (ou O Retorno do Peixinho-Dourado)

Devaneios de um Fim de Noite (ou O Retorno do Peixinho-Dourado)

Muitos procuram sentimentos de tons classicistas, meio vitorianos meio catedrais góticas. Sentimentos revertidos de cinema e de pureza intocável quase religiosos que são. Sentimentos inventados e produzidos para produção. Sentimentos que não cabem a ninguém a não ser a própria e única televisão.

Até onde minha visão alcança, posso subverter a ordem das palavras, inventar a elas novos sentidos e sentir. Mas como esta vida é impregnada da pregação dominical de filmes cômicos românticos, decidi desistir de palavras tão mal utilizadas por aqueles que se dizem fazer arte. Artifício para vendas em fim de tarde.

Então busquei uma nova forma de expressão e que fosse singular a um momento. Procurei uma palavra que significasse pra mim o sentimento que achei, que sinto e permaneço em sentir, amanheceu em mim e como amanheço todo dia com este estado de estar em mente uma única palavra de tons angelicais de fruto proibido, de maça mordida no pé de boca rosada. Rosas que por ventura decidi são só minhas e então preservar tão belo nome em uma só invenção, revertida em aquário o peixinho-dourado se põe a dormir.

Dormi sonhos acordado de menina-moça que se engana em fingir sorrisos matreiros para o moço tolo e feito menino se sentir... Homem que se deixa descansar em terno nome que o sobrenome vem revelar.

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