Doses Diárias de Viver
Quero uma droga qualquer
Que eu possa solver
Desde um bom café
Até um vinho clichê
Pra dissolver a dor
A angustia diária
Da disritmia pálida
Deste tal viver
Vou catando as moedas
Tristes fins de mês
Alimentação, aluguel, faculdade,
Textos e meu péssimo português.
E eu quero uma droga
Pra esquecer tantas outras
Que me vem, reviram e voltam.
Que tanto me atordoam
Pra dissimular meu tédio
Entre vozes abafadas
Nesta meia luz dos prédios
Entre risos falsificados na madrugada
Ah! Eu quero uma droga
Pra me entorpecer
Pra me sentir mais humano que vivo
Pra falar de tudo do mundo e depois esquecer
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