domingo, 10 de janeiro de 2010

Poesia Inacabada

Poesia Inacabada

Tudo aqui me lembra você
E mesmo no silêncio
Todos podem ver
Que agora sou teu

Toda letra que escrevo
Todo verso bem rimado
Tudo dedico a ti
Sem querer entregá-los

Escrevo cartas de amor
Extensas e quase sem fim
Escolho palavra por palavra
E nunca envio ao correio

Guardo-as todas para mim
Para o meu silêncio
Fiel companheiro a esperar
Quando iremos nos rever

Escrevo em todos os lugares
Teu nome virou verso continuo
Nas paredes, no papel de pão
Até em minha pele está gravado

Tudo e nada se encontram aqui
Tua presença sem estar
Teu sorriso sem sorrir
O teus lábios...

Tudo permanece em mim
Sem que esteja comigo
Sem que possa dizer meu
Sem que eu possa imaginar o contrario

Fico aqui parado
A esperar de um sim, talvez
De um te quero para sempre
Mesmo sabendo que sempre é demais

Apenas pelo gostinho do gesto
Do abraço, do aperto
Do sorriso, dos cabelos
Do encontro de lábios

Finalmente um verso que faço
E posso dizer que se encontra sem fim
Mas cheio daquilo que ficará pela metade
Que me fará escrever, mas sem entregar

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