Por que um pouco de romance sempre cai bem nos momentos de solidão... toda poesia é inacabada por si só e, a cada dia, ela precisa ser reescrita nas vivências diarias!!!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Seria a Sereia Meu Amor?
Quantas conchas na areia
Tuas cochas no mar
Pés molhados de sereia
Fruto proibido a se provar
Frutos do mar e da terra
De se colher e cultivar
Nem imagina a guerra
Que é fugir do teu olhar
Seria então amor?
Sereia me encantou!
Seria então amor?
Sereia me encantou!
Corpo molhado de sal
Corpo de tom sedutor
Férias e carnaval
De sábio escultor
Moça dos cabelos de vela
Deixa eu neles navegar
Queres ser a minha bela?
Vem comigo ficar!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
A Ultima Poesia Antes de Dormir
A ultima poesia antes de dormir
É como fazer a cama
Preparar os travesseiros
Apagar a luz, a chama
É dormir o fogo do amor
É soltar o mais silencioso som
É deixar o sentimento correr
É sonhar antes de adormecer
É o cansaço que cria
A criação nada divina
A divindade poesia
Que se faz verso em rima fina
É descansar a pena no cansaço
É conhecer o mais louco desejo
É desejar o ser amado
É desejar ser amado
A ultima poesia antes de dormir
É como libertar a quem se ama
Desfazer a gaiola em escritos
Desfazer em amor a cama
Surto Poético
Afinal de contas o que é um surto poético?
É uma pequena aventura
É um desejo secreto
É uma invenção de ternura?
Me nego a responder
Ás vezes é falta de amor
Excesso de amar
Falta do que fazer
Dependendo do que for
Pode ser o não ter
Ou ter e não saber
O mais puro e belo amor
Agora se desfaz em pétala a poesia
Se desfaz em pranto minha alegria
Se mantém em falso minha fantasia
Dorme calma em mim tua elegia
Afinal de contas de que vale versar
Se o poético verso não vai te encantar
Se minha rima escolhida não vai te inspirar
Se minha pouca ternura não vai te encharcar
É Rica
Avisa a ela que eu vou voltar
Mesmo que não me espere
Que não me queira chegar
Avise a ela que eu não vou esquecer
O verso que foi pra nós dois
Que foi pra nos conhecer
Deixo aqui a palavra
O texto, o papel e a caneta
Deixo tudo o que há de mim
Guardo em tua gaveta
Dentro dele, coração
Lembranças que se espalham
Perversos sentimentos teus
Que não compartilha não
Afinal a poesia é tua
De mais ninguém
Afinal é um presente
Devaneios sólidos, poemas alem
Suspiros da Poesia
Não deixa a tua poesia morrer em mim
Não deixe a minha poesia morrer em ti
Não deixemos tudo se perder
Ainda a tempo de reescrever
Me desfaço de velhas cantigas
Esqueço outras canções
Busco novos versos e gírias
Pra inventar novos bordões
Pode parecer que não há nada de novo
Que não existe mais por que
Mas por que eu escreveria
Se não fosse por você
A rima parece pouca, muito boba
Mas quem precisa ser serio
É preciso ter sabores, odores, amores
Sentimentos em oficio
Não deixe a tua poesia morrer em mim
Não deixe a minha poesia morrer em ti
Não percamos o beijo ao anoitecer
Ainda a tempo de reviver
A Menina, o Poeta, a Poesia
Me ensina poesia, menina
Me ensina a te encantar
Me ensina a palavra amiga
Me ensina a palavra amar
Deixa eu te contar historias
Uma musica te cantar
Deixa o som harmonioso do silencio
Ser quebrado pelo encontro de um beijar
Menina, tu que me ensinou a amar
Não me ensine a sofrer
Ainda preciso de ti
Ainda há muito o que escrever
Defendo minha postura de poeta
E você defende o de estar poesia
Me encanta as palavras que empresta
Para as coisas que minha escrita cria
Somos de todo um casal
Eu não sei existir sem ti
Não me seria tão normal
Um poeta sem poesia seria mentir
Falta
O que me falta pra escrever?
Falta um gesto, um sorriso, um verso?
Falta tanto sentimento pra acabar
Falta tanta falta de esperar
Esperança que não chega
Choro silencioso de criança
Momento pobre do poeta
Silencio na caneta aberta
Papel seco sem tinta
Olhos perdidos na janela
O som frouxo do vento
O bater do prato na panela
Tudo aqui em casa sem sentido
Sentindo tudo em seu momento
Mas nada de uma poesia bela
Apenas pequenos lamentos
O que me falta pra escrever?
Falta uma bela tarde em companhia
Falta todo detalhe que me foge
Falta o que tive ao meu lado um dia
Desenho de uma Lembrança
Pequenos rabiscos no papel
Detalhes em riscos
Tento esboçar sua face
Com traços ricos
Se eu errar um belo toque
Perderei seu ser
Se desfará sua imagem
Se perderá o meu tecer
É que o toque no caderno
É como o toque no rosto
Dedilho o desenho com carinho
Vou criando um sonho posto
Me invento um pintor
Um artista de amores
De faces nunca esquecida
De pequenas dores
Assim borrei o papel
Uma gota de tinta distinta
Uma lagrima pequena e simples
Um sereno choro que se sinta
Musa
Quero encontrar minha musa
Que anda perdida por aí
Eu nunca a conheci
Quem saberá se já não a vi
Será que ela vem no passo do vento
Ou nas ondas do mar
Quem dirá se no fogo do sol
Ou em uma canção do luar
Seria vestida de branco
Ou no manto da noite
Quem saberá dizer
Quem souber me conte
Seria uma fada bela
Ou uma sereia na pedra
Uma anja em penas
Ou um virgem, donzela
Musa, que tanto me abusa
Que tanto foges quando acho achar
Onde se escondes alem de mim
Onde posso vir a te beijar?
Sonhos de Uma Noite de Verão
Como uma noite quente de verão
Você me veio e você me teve
Você passou como trovão, me assustou
Você passou, em mim você esteve
E eu que não soube o que fazer
Com todo corpo belo que me deu
Apenas, quis ali estar
Não cuidamos e algo se perdeu
Foi uma bela noite de verão
Em que as fadas dançam em nossa cama
Foi uma noite em vão?
A minha voz teu nome clama
Quis não acreditar sentir
Quis me esconder, partir
Mas não partir tal amor
Da dor de tanto te querer quis fugir
Mas se é amor, mas se é amor
Ele se paga aos poucos sem teu calor
Sem tua palavra doce e quente
Sem teu sorriso perto do meu, ardente
Descobertas, Sem Tuas Cobertas
Quem diria quem iria dizer
Que eu descobriria o mundo por você
Palavras que a pouco não me faziam sentido
Agora são poucas para o que estou sentindo
Ciúmes, talvez, eu sinta
Não quero admitir, talvez eu minta
Saudades eu sei, já provei
Agora me resta é esperar, pois te amei
E o amor que tanto negava
Enfim existia, eu não esperava
Agora fico assim toda madrugada
A procura de abrigo, você é minha amada
E nos teus braços quero fazer meu ninho
Não me deixe sem cobertas, aqui, tão sozinho
Me faço só teu se te fizeres só minha
E de noite nossa cama será pequenininha
É que sem você eu me sinto louco
Me sinto sem palavras e acho muito pouco
Queria teu gesto, teu beijo, teu carinho, teu corpo
Me vejo em cobertas, descobertas, um bobo, durmo sem ti me poupo
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Um Certo Sertão e Meu Erro em Solidão
Abestalhado com o tempo
O vento que passa em um assopro
As folhas secas se mexem
E calor que tanto sofro
O vento quente arriba saias
Derruba livros e panelas
Bate portas quebra tudo
Destrói o silencio e janelas
Tudo parece tão calmo
Até as pedras na ribanceira
Que despencam de tão alto
Quando vem a chuva ligeira
E eu aqui com o som do violão
Uma calmaria matuta
Uma vontade de pé no chão
Dentro de mim saudade luta
Eita, meu sertão!
Assim eu me erro
De que vale tanta força bruta
Se não grito o amor em um berro
domingo, 20 de dezembro de 2009
Vem Pra Mim, As Coisas São Assim
Vem que eu te protejo do escuro
Vem que após o jantar apago a luz
Vem que nos meus braços eu te guardo
Vem que hoje vai rolar um blues
São tantas historias pra contar
São tantos casos pra esconder
São tantas mentiras a inventar
São tantas verdades a morrer
Vem que te guardo aqui comigo
Vem que sinto tua falta e de teu carinho
Vem que é você que preciso
Vem que já não me sinto tão sozinho
São tantas bocas a beijar
São tantas Juras a fazer
São tantos braços a abraçar
São tantos amores a esquecer
Vem que é só você que eu quero
Vem que é só dizer que é só minha
Vem que eu te quero a todo instante
Vem que não se sentirá mais tão sozinha
São tantas coisas entre nós dois
São tantos presentes no passado
São tantas brigas pra depois
São tantas coisas, nossas vidas, mas o que interessa é estar do teu lado
sábado, 19 de dezembro de 2009
O Poeta e a Bailarina
Há uma pequena bailarina
E dentro de ti ela vai viver
Há um pequeno poeta
E dentro de ti ele quer aparecer
Se faz difícil o vosso caminho
Pois nos teus passos ele não sabe dançar
Vai no compasso louco de seus escritos
Que necessito um dia te entregar
Segue todo teu ballet
Seu corpo que se entrega ao ar
Como a pena que deixo fluir
No papel que tenta te versar
Bailarina, por que danças tanto dentro de mim?
Se não me queres que não me conquiste
Se me conquista é que me queres?
Se não, ao menos essa poesia existe
Dentro de mim dança tua bailarina
Escrevo versos a ela divertir
Dentro de ti uma escrivaninha
Que meu poeta quer residir
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Destinos em Cartas de Baralhos e Escritas
Ê morena cigana bonita
Me diga do futuro, oh cartomante!
Me revele o destino
E vele o meu estar amante!
Busque os significados
Constelações de estrelas-do-mar
Signos e ascendentes náuticos
Horóscopo que acende meu sonhar
Descubra os mistérios em mim
Os das palmas de minha mão
Lei as caricias que já fiz
E tantas outras que virão
É que não desprezo a sorte
De com ela me encontrar
Encostar minha boca na dela
Viagem astral a luz do luar
Embaralha em mim sentimento
Oh bela virgem cartomante
Me descreva o destino do verso
Da carta escrita do amante
Sentimento
O sentimento que mais busco tem apenas um nome: “Peixinho-Dourado”
Sabe é que eu gostei do trocadilho barato...
Devaneios de um Fim de Noite (ou O Retorno do Peixinho-Dourado)
Muitos procuram sentimentos de tons classicistas, meio vitorianos meio catedrais góticas. Sentimentos revertidos de cinema e de pureza intocável quase religiosos que são. Sentimentos inventados e produzidos para produção. Sentimentos que não cabem a ninguém a não ser a própria e única televisão.
Até onde minha visão alcança, posso subverter a ordem das palavras, inventar a elas novos sentidos e sentir. Mas como esta vida é impregnada da pregação dominical de filmes cômicos românticos, decidi desistir de palavras tão mal utilizadas por aqueles que se dizem fazer arte. Artifício para vendas em fim de tarde.
Então busquei uma nova forma de expressão e que fosse singular a um momento. Procurei uma palavra que significasse pra mim o sentimento que achei, que sinto e permaneço em sentir, amanheceu em mim e como amanheço todo dia com este estado de estar em mente uma única palavra de tons angelicais de fruto proibido, de maça mordida no pé de boca rosada. Rosas que por ventura decidi são só minhas e então preservar tão belo nome em uma só invenção, revertida em aquário o peixinho-dourado se põe a dormir.
Dormi sonhos acordado de menina-moça que se engana em fingir sorrisos matreiros para o moço tolo e feito menino se sentir... Homem que se deixa descansar em terno nome que o sobrenome vem revelar.
Poesia a um Peixinho-Dourado
Dentro de cada um há um pequeno aquário. Dentro dele encharcamos emoções, lembranças e sonhos... Alguns tão profundos e risonhos que decidimos guardar como tesouro, pessoal, lá bem no fundo. Fundamos oceanos em nosso pequeno aquário, o revestimos de pequenas pedras coloridas, minúsculos detalhes do dia-a-dia que podem até tapar a boa visão da água límpida. É que nos engrandecemos do tamanho de nossos feitos, oceanos que deságuam em si mesmo. Escondemos o que há de mais bonito por ornamos nosso marzinho com pedras da moda, modismo doentio da vaidade. Vadiagem juvenil de amar a si mesmo. Mas acontece que meu pequeno aquário ganhou um morador, um peixinho-dourado, que às vezes me causa tamanha dor ao se esconder nas profundezas de meus desejosos sonhos molhados. Olhados são todos os dias minhas lembranças e a mais viva de todas é o peixinho. Dentro da imensidão de oceanos criados por mim é a ele que dedico minha atual atenção, minha total ação, meu singelo aquário-coração. E sim, a desejada que quero que escute o som de minhas ondas sonoras, o marulhar de meu coração-aquário pode não vir a entender que se trata dela. Afinal ela não é uma peixinho-dourado, afinal ela é apenas Dourado... Escamas de sol, girassol que me guiam, pequena peixinho que dedico minha imensidão, meu singular poema, que se fez tema em seu nome que sobre nomes hão de existir para disfarçar a emoção de um aquário cheio de ondas que tentar tocar tuas escamas, tua cama na hora de dormir.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Teatro Meu de Cada Dia
O que é um palhaço senão um poeta vestido em versos e sorrisos? Quero uma vida de gravatas coloridas e de amores incertos, de falsas certezas vivem os economistas, e eu não pretendo economizar emoções, quero a sorte do erro de amar quem não me ama e ser acalentado por um novo amor...
Quero tantas coisas que nem sei se vão continuar sendo, mas vou tentando fazer da vida um picadeiro de construções, sem esperar que alguem o faça por mim, assim é o palhaço...
Saudades do Teatro Meu de Cada Dia... =o)
???
Palavra... existe algum poder na palavra?
Certas letras unidas, certas musicas ouvidas
Certas vogais e consoantes, tons soantes
Certos versos e inversos, prosas
Certas estrofes, certos concertos
Certo de toda palavra sem sentido
Certo de todo sentimento sentido
Certo de tudo sentado ao computador
Palavra minha que sai em forma de poesia
Poesia que não alcança teu coração
Coração que é indomável como o meu
O meu que se tornou tão dócil a teu olhar
Olhos que descansam em gotas
Gotas de saudades de quem gosta
Gosto do teu lábio que já não tenho
Tenho apenas as palavras
Que poder isso tem?
São palavras, não são você...
Meus o meu dizer “quero bem” não é querer
Queria, antes, que fosse um abraçar sem palavras
As palavras se tornam desnecessárias a tua presença
O presente mais notável que ganhei
A fotografia de teu sorriso
Só isso pra me fazer mais calmo
Calmaria de um solitário
Solidão de um solo de violão
De acordes que acordam a vizinhança
Mas não palavra minha
Mas minha melodia de um dia
De um dia te reencontrar e tudo
E nada precisar fazer sentido
Apenas ser sentido
Com todos os sentidos
Simplesmente nos sentir
Nós a sentir
Em nós sente
Inocente sentimento sem palavra para nomeá-lo
Nomes perdidos de sentidos para apenas sentir.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Tentando Aprender Violão em Tom de Saudade
Dedos doloridos
Desenhos coloridos
Dentes e sorrisos
Desejos reconhecidos
E eu... Só, somente só
Sem ti, senti... Uma solitária solidão em mim
O mi do violão não vai me acalentar
A lenta canção que tento cifrar
Em mim, em mi
O som que aprendi no violão
Sem solução, que desafina como o meu...
O teu coração
E si se despedaça o tom
O acorde da pestana do teu olho
Que me encanta e canta
O que não escolho
Sim, si te escolhi não foi por acaso
O caso é que o descaso da distancia me aflige
E você finge que esta tudo bem
Enquanto sofre um eu, um alguém
Dedos continuam doloridos
Desenhos descoloridos
Dentes e sem sorrisos
Desejos desconhecidos
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Algumas Frases de MSN
Há tantas coisas entre nós... Morros, montes, ruas, casas, pontes...(F) Queria que existisse apenas o silêncio entre nossos lábios
Quero me despir a mascara da opera e mostrar minha face de palhaço só pra não te ver sofre e te ver sorrir com toda mágica que não sei fazer
Dança flor do tempo e me faça morrer fruto para que a semente do novo em mim brote e floresça um mundo melhor...
Pequeno Pensionato Presídio, quantas Historias e Estórias... Fizemos e faremos de nossas vidas Poesia incansável e sem fim, Amem
Segundos Pensados Antes do Beijo
Segundos Pensados Antes do Beijo
Enquanto a palavra nos separar os lábios tentando bobamente explicar o que simplesmente acontece, seremos apenas amigos. Mas quando o encontro dos lábios se fizerem acontecer, seremos só então o que somos!
Relíquia da Amizade Fingida
Oh! Delicada comedia humana
Aqui me chama a sonhar
E a insônia me distancia da noite
Enquanto o dia te convida a levantar
Somos um contraste perfeito
Um belo espelho sem luz
E nos confundimos no meio
Amizades, amores e medos
O que nos seduz?
Você é meu dia, eu tua noite
Amanhece o silencio a falar
Palavras cheias de beijos escondidos
E anoitece palavras a calar
E nos inventamos mentiras
Juramos indefinição eterna
Nos negamos a nossa Maçã proibida
E mais uma vez o verbo é objeto
Amor não flexionado em nosso peito se enterra
Oh! Delicada comedia humana
Que a chama queima a sonhar
O peito que arde em suas próprias mentiras
E em tua boca me ponho a deitar
Belo descanso de nossas fadigas
Então me diga que não quer me beijar
O beijo que nos provoca ferida
Aberto peito em caricias
O objeto vira verbo, amar
Frase de MSN
Cansado de fingir sorrisos para aqueles que não o merecem, e aos que merecem, mas parecem não ver, o poeta se inventa sofrer a dor que consideravelmente sente, mas que engana a todos, e principalmente a si mesmo, que sofrer é antes de tudo uma arte, a arte de se entreter.
Entretenimento, entre ter e minto! Não sei por que, mas invento que o certo seria o errado se o errado a mim fosse escrito com as palavras santas de um livro esquecido. Penso como dizem alguns, existo! Mas se existo, por que meu nome não aparece na janela quente de um filme visto por todo mundo em uma tela de vídeo?
Pois é... Tenho inventado novas desculpas para ser feliz, entre elas, as poesias inacabadas de subniki de MSN. Uma subvida, viva e que existe, em silencio de palavras cruzadas entre pessoas que nunca se viram, ou se verão, ou no próximo verão se reencontraram para trocar beijos já desejados desde então.
E assim vou seguindo a rima, a prosa e o silencio, e o silencio que é como pausa nas conversas, e nele podemos pensar calmamente a desculpa acertada para o momento... Se bem que prefiro a imperfeição do momento, em que os olhos se cruzam em palavras não redigidas, e que as bocas se enlaçam em um ballet descompassado de línguas que não se comunicam, mas que se tocam. Tocam uma musica bonita de silêncios quebrados por ruídos distorcidos de torcidos beijos recebidos.
Frases de MSN são apenas palavras que buscam me distrair e por vez me trair...
Anagramas de um Amor
Nada mais que um dia
Amanhece no meu coração
Tão belos raios, alegria
Hoje o sol reflete nossa emoção
Ainda é quase noite
Levanta nosso sonhar
Inventamos o dia
Afinal, é nele que vem se concretizar
Deixa o dia, deixa a noite
Outras horas vamos misturar
Usar o tempo a nosso favor
Romper o dia em sonhos e de noite acordar
Adormece em mim
Deito em ti
Olhos se olham, bocas a si sentir
Notas Soltas de Música
Dorme, agora, calmante
Reviro o verso pra sonhar também
Mi deixa louco, lunático amor
Fazer de tudo pro sonho vir a terra
Sol só vai nos atrapalhar
Lamento pelo dia que vem nos separar
Si você e se eu se levantar deixar que o vento nos disperse em poeira
Dormimos mais um pouco
Rejeitamos o sol por outras estrelas
Mistérios de viola e cometa
Falar versos e versar brincadeiras
Sol não vai nos atrapalhar
Lá na cama faremos festa
Si a gente quiser, feriado se faz festival
Santo não dormir
Santo divertir
Santo não vestir
Santas horas que e se passam se pedem
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Ateliê dos Sonhos
Repouse teus sonhos juntos dos meus e os tratarei como um só... Um abstrato colorido e em harmonia. Uma obra de arte sempre por vir, um horizonte traçado a quatro mãos e com milhares de pontos de fuga... Um pano de fundo tirado do manto da noite, bordado em estrelas e com nossos traços marcando nomeando-o de "Nosso Pequeno Universo Infinito e Pessoal". Belo nome para uma obra tão rara, não?! Esta obra é desenhada a cada dia com traços de delicadeza e carinho trocados entre as tintas de cada pintor, que somos nós. Cada toque do pincel no “Nosso Pequeno Mundo Infinito e Pessoal” nos vai transformando também, nos deixando cada vez mais abstrato e icogniscível aos olhos da razão, mas sempre sensíveis aos olhos da fantasia e dos sonhos.
Espero nunca ter que deixa o “Ateliê dos Sonhos”, este nosso lar invisíveis e colorido, que apenas nós podemos ver e sentir. Onde sempre estamos criando e recriando nossas obras, algumas sempre estão em processo de recriação, como a que se chama “Como Amar”. É uma obra simples e que não há como defini-la e por ser tão indefinida é que a cada dia a modificamos para que possamos senti-la novamente como um todo e não a parte de algo que se vai nos deixando, mas que esta sempre presente e pronta para se colorir novamente.
“Como Amar” é uma obra que nos tem rendido bons momentos de trabalho ardo, mesmo que a distância. Sempre tem algo de novo a completar esse todo que é “Como Amar”. As nossas tintas sempre acabam se esgotando por tantas cores novas que adicionamos aos nossos abstratos, mas no dia seguinte já retornamos com novos baldes cheios de novas cores, afinal nosso mundo pequeno é infinito e nossas cores são um toque pessoal... E vamos continuar a inventar como amar para colorir ainda mais nosso mundo!
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Uma Tentativa de Poetizar Analise do Comportamento em Relação ao Amor
O amor em sua mais pura forma é disforme, é incontrolavelmente mutável e inegociavelmente real, quando assim sentido e instituído.
Não existe uma essência do amor, mas existe o amar. E o ato de amar aos amantes é que interessa, vãs filosofias esvaziariam o sentido de buscar respostas no silencio de carinhos trocados abaixo do luar. O amor permeia todo o corpo como uma energia revitalizando o ser. Parece mágica, mas é apenas a atuação plena do quanto a outra pessoa consegue mexer com o outro. O amor não tem lugar de atuar, ele é a própria atuação. Teorizar algo tão subjetivo e pessoal, mesmo que conhecível socialmente, é no mínimo um erro a quem ainda está em processo de conhecer a face inicial de seu amor, que mudará, mudará e mudará de acordo com o que o casal transforma em si e no mundo nomeando-os de amor. Amor não é uma palavra, mas um ato constante de reflexão e reflexões junto do ser amado.
sábado, 7 de novembro de 2009
BR222 – BR230
Bem que Belém podia ser bem aí
Se é, se será longe do Ceará
E será que lá chego
No bem de Belém do Pará?
Tá, tapioca tem aqui!
Tá, mas lá é que tem tacaca!
Se vou ou se fico, não sei
Se sei, será longe do Ceará
Simbora? Então bó!
Quem sabe a gente vai tomar açaí
Tomara que nois consiga saí
Se depois dá sono, nois perde carimbo
Anda logo! Trás o cuscuz
A gente leva a canja e canjica
Tacaca a gente vai buscar
Afinal nosso bus vai pra lá
Bem que Belém podia ser aí
Ai! Que vontade de ir te buscar
Carreira atrás do meu denguinho
Perdido ou achado por lá, no Pará
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Gira mundo
Cadê a brincadeira de roda?
Quem escondeu o anel?
Vamos para a roda gigante!
Gira mundo, meu carrossel!
Vem, segura minha mão
Vamos colorir este céu
O mundo é tão grande
Noivinha, cabe tudo no teu véu
Dança bailarina na caixinha
Beijo doce, doce mel
Vão longe balão mágico
E nosso casamento neste anel
Pus meu nariz de palhaço
Desposei a filha do coronel
Fugimos pra terra do nunca
E lá você dançou sete véu
Vem aqui, minha bailarina
Deixa eu ser teu menestrel
Há muita poesia em cada esquina
Gira mundo, meu carrossel!
domingo, 1 de novembro de 2009
Rezadeira Noturna
E assim segue minha reza
Um terço chamego
Noutro terço desejo
Num terço de seu nego
Para espantar a luxuria
Devemos espantar o pecado
Com muito beijo sem vergonha
Pois sem vergonha não se peca de fato
E faço procissão em tua pele
Subo montes, desço ladeiras
Me encontro em teu encontro
Rezamos juras sinceras
E somos de tudo ritual
Sem espaço para demônios do ciúme
Fazemos nosso rito um carnaval
Entre caricias e perfume
Profanamos o medo
Com a coragem de despir
Deixamos de lado o sono eterno
Para na noite não dormir
E assim segue tua reza
Uma terça se nega
Noutra terça me deseja
Numa terça se chamega
Balada do Computador
Há algo para alem dos olhos
Se esconde em um espelho
Me perco em seus detalhes
Escrevo em vermelho
A tela que me reflete
Te reflete também
Coisas, sentidos, sentimentos, idéias
Coisas que vão e vem
A tua presença no vazio
E a tua falta presente
Tudo contraditório como amar
Um egoísmo altruísta que se sente
E não ouço tua voz
Mas sei bem o que falas
Somos um poço de saudade
E é o que resta nas malas
Viajamos longe nessa janela
Nos confundimos e nos achamos
Achamos mentiras e verdade
E duvidamos que nos amamos
Edifícios e mar
Como é difícil amar aqui
E tudo se une em algum lugar
E esperar não sei se vamos conseguir
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Por Que Amor...
Por Que Amor...
Por que amor é um caso serio
É uma flecha que nos alcança
E sangramos o próprio peito
E de perfurá-lo não se cansa
Por que o amor é um caso lírico
Entre Orfeu e Eurídice
Que no inferno de rosas terão de se amar
Hades vos disse
Por que o amor é uma mentira
E eu minto pra mim mesmo, eu sei
Minto que não te quero
Mas no fim “te amo” é o que falarei
Por que o amor é sexo
Minha boca na tua
Tua pele na minha
Fazer amor, nossas roupas, lua
Por que o amor é confusão
Me confunde e te confunde então
Não sei se quero, me desespero em vão
Por que me quer e mesmo assim diz não
Reuniões
O relógio prende o tempo
Como essa reunião a mim
Tua lembrança me liberta
E me prende a ti
E eu ouço muitas falas
Mas nenhuma é tua voz
Pois é ruim estarmos com muitos
E mesmo assim nos sentirmos sós
Vejo pautas e demandas
Implicações político-sociais
Parecem preocupações fraca
Pois contigo me preocupo mais
A nossa lua crescente lá fora
Como cresce nossa saudade
Não vejo a hora de ir embora
E te reencontrar em nossa liberdade
Pois é no sonho que me liberto
O tempo se liberta e parece correr
E como se juntasse os ponteiros
Juntos poderíamos acontecer
Mas é o relógio que prende o tempo
Como essa reunião a mim
Querendo tanto viajar
Para dormirmos enfim
Quero
Quero tua boca na minha
Olhares que se cruzam
Respirações que se misturam
Mãos, braços, abraços
O toque quente de tua pele
Tua roupa que roça na minha
O meu peito de encontro ao teu
Tuas pernas que prendem as minhas
O toque doce dos teus lábios
Que aos poucos nos tocamos
Vão se abrindo lentamente
E aos poucos nos beijamos
Sim, ate uma simples descrição pra mim se tornou poesia
A simplicidade de querer-bem
A poesia que faço e me sinto sozinho
É, eu sinto falta
A falta que teus lábios, teu braço, teu corpo me faz
Sim, você me tira a paz
A paz que agora não quero
Prefiro a saudade, e te espero
Esperança de te reencontrar
Encontro no reencontro um motivo pra chorar
O choro bobo de um beijo, beija-flor
Que o vento, que o tempo, que a distancia despetalou
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Querer
Queria querer de tudo o mundo
Queria poder ter de tudo um pouco
Queria o universo inteiro
Queria não querer teu amor verdadeiro
Queria como quero ainda ter
Queria coisas incríveis
Queria agora a simplicidade viver
Queria ter coisas invisíveis
Queria teu beijo molhado
Queria um dia contigo
Queria um sonho realizado
Queria que morasse comigo
Quero queria querer
Quero por que não sei
Quero apenas não te perder
Quero por que posso ter
Quero por que já tenho
Quero por que mantenho
Quero por que convêm
Quero por que você me tem
Quero minha alma na tua
Quero tua respiração na minha
Quero minha vida na tua
Quero tua língua na minha
Quero teu abraço junto do meu
Quero meu olhar de encontro ao teu
Quero teu sorriso beijando o meu
Quero meu mundo no teu
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Árvore de Paixão
Queria que pudessemos viver esses dias lindos a cada raiar de sol, a cada luar mesmo não cheio, a cada respiração, a cada abraço e beijo completamente feito com cobertura de carinho...
Criar uma árvore de Paixão é fácil, dificil é se [re]apaixonar todo dia pela vida e torná-la uma linda poesia a que se dança, mesmo que longe da beira da praia, como ciranda....
Deixe eu abraçar minhas árvores, colher seus frutos e, mais que isso, plantar novas para novas e novas gerações de apaixonados pela beleza de ser sonhador de coisas concretas que se pode sonhar em terra firme e de olhos abertos, mesmo que com olheiras e sono...
Deixa o menino correr livre na tua pele e te fazer calafrios... Deixa essa ciranda te tocar, ou te reapaixonar, e te fazer dançar a vida, o ar, agua, terra e fogo, tudo que há nela... Sinto uma imensa saudade de tudo o que vivi e não vivi, ao menos ajudei a contruir. Tenho em mim novos frutos sendo semados e futuramente colhidos e de seus frutos [re]semear novas e novas árvores, não só como na brincadeira sincera de Paixão, mas também de Amor, Alegria, União, enfim de Vida...
Amo essa saudade que me consome como fogo calmo que não queima nunca, para não se apagar!!!
Não te Quero
Sei que já virou rotina dizer que te quero, então chegou a hora de dizer não, não te quero!
Não te quero longe de mim
Não te quero com ciúmes
Não te quero com outro (pois aí seria eu com ciúmes)
Não te quero cansada, descanse do dia-a-dia
Não te quero só por querer
Não te quero apenas pelo teu cheiro gostoso
Não te quero apenas por teus carinhos
Não te quero apenas por dormir tão juntinho de mim
Não te quero pelos teus abraços
Não te quero por apenas isso, aprendi a gostar de ti para alem disso tudo, e por isso tudo também... Apenas me deixe adormecer mais uma vez nos teus braços que o mundo fica perfeito em ti...
Agora te quero, como sempre e nunca quis, como a cada dia quero mais, te quero de um jeito todo novo ao qual queremos...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Abraços
Quando te abracei
Enquanto ainda pude abraçar
O tempo parou, o mundo parou
Nos faltava o ar
Procuravamos o olhos
Cada um com seu olhar
Perdido, procurando os labios
Para que pudessem se encontrar
Deitamos nossas bocas juntas
Deitamos nossas saudades de sentir
Deixamos essas ideias de partida distantes
Deixamos o abraço fluir
Quis te ter comigo sempre
Quis não te deixar partir
Como eu queria estar do teu lado
Para contigo dormir
Ainda penso no teu calor
Na tua pele, no teu respirar
Dividimos sono e sonhos
Queriamos o abraço nunca acabar
Indefinido Querer
Indefinido Querer
Sabe como é sentir algo indefinido?
Às vezes dá raiva, às vezes acalma, é um pouco de tudo, uma contradição.
Às vezes parece um sentimento maduro, em outros momentos parece ingênuo. Temo o que sinto e possa vir a sentir... Esse sentimento me causa segurança ao passo que me deixa inseguro, se confunde com meu querer me põe em contradição...
Não te quero, mas te desejo. Não te espero, mas sinto tua falta...
As contradições agora moram em mim e buscam te encontrar. Do teu lado eu tinha paz, tudo parecia simples e exato. Agora, distante, tudo parece indefinido e perigoso, mesmo um suspiro calmo na manhã por falta do teu corpo.
Minhas certezas se confundem com uma vontade que não sei, meu dia se interrompe em uma noite de conversas, a luz do dia se apaga com a luz do computador...
Agora vivo assim, meio confuso, meio compreensivo, meio de tudo, meio sem metade, em busca de completude te busco.
O carinho se mistura com medo, medo de te perder, mesmo sabendo que isso seja impossível. Tudo parece confuso e ao mesmo tempo não o é, apenas indefinido, diferente, único, estranho.
Tudo dentro de mim como o vento que mexe as folhas no chão fazendo-as voar para depois cair novamente, eu espero ser esse vento que te embalará num vôo sem fim e de sonhos.
Espero que a confusão que sentimos se traduza em carinhos sinceros, afinal confundir-se é preciso para se achar, me acharia fácil contigo...
Ai, saudades...
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Paciência
quando o tempo passa e o vento sopra
quando a poeira se acalma
só o que me sobra
é tua lembrança em minh'alma
tudo parece suspenso no ar
tudo parece se perder de mim
mas a unica coisa não quero deixar solta a voar
é a quem devo uma saudades sem fim
será que eu saberia não perder?
será que eu saberia cuidar?
será que eu sei a querer?
será que eu a sei amar?
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Meu Mal
Me deixe aqui com meus textos
Com meu dia, minha noite
Me deixe deixar a poesia
Me vem as provas como açoite
Os ventos, redemoinhos
Moinhos, redes e ventos
Eu me invento todo dia
Pra reviver a fantasia
Consigo até rimar
Avaliações, textos e estudar
As teorias transformo em canções
Mas sem viola não dá pra cantar
E é no vento que me invento
Uma maquina pra me teletransportar
Uma jato super-foguete
Você não me deixa estudar
Quero te tirar de mim
Para o meu bem
Mas é você que me deixa assim
Que me quer bem
Quero te gravar em mim
Mais algum verso
Quero estudar enfim
Mas não consigo, confesso
Agora
Agora respiro poesia
Falo rimas
Faço versos
Deixo letras soltas no dia
O dia-a-dia não é o mesmo
Nunca será o bastante
Enquanto houver na lembrança
Enquanto lembrar aquele instante
E o mundo vai girar
Como um carrossel
Vagando em minha mente
Estrelas no céu
E é o seu olhar
E olho pela janela
Como se fosse possível
Como se fosse ver ela
Agora vivo em poesia
Falo coisas sem sentido
Eu prefiro sentir
E sinto, por que não sentiria?
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Suspiro
Suspiro! Suspiro que acalenta a saudade que já sinto
Suspiro que embala meu desejo
Suspiro que embala meus sentidos
Suspiro que suspiro e que foge de mim pra ti
Suspiro e suspirar. Ah! Como dói ter saudades e querer te ter por perto!
Suspiro que derrete minha seriedade
Suspiro que evito suspirar
Suspiro que me denuncia o desejo
Suspiro que se deve suspirar
Suspiro! Tão simples palavra que traduz de tudo um pouco que sinto e que quero sentir intensamente
Me abrace, me beije, me sinta como se fosse um momento eterno
Suspiro! Suspiro! Suspiro!
Ah! Não olhe pra mim com esse ar reprovador! Ainda não apredni a conter o ar que me mantém vivo em um suspiro!
Acho que dizer que amo seria exagero alem de desgastar a palavra.
Prefiro o suspiro. Nada breve, simples e profundo. Me despeço de teu olhar ingênuo que mexe comigo.
Suspiro...
Dei-Te
Deite aqui
Deixei o lençol se por
Dei-te meus sonhos
Dei cheios de amor
Deite teu corpo no meu
Deixe o tempo passar
Dê e temos amor
Deixemos suspiros no ar
E mesmo separados
O mundo nos atrai
E mesmo quando juntos
O tempo nos trai
Eu que ia só ficar
Eu não vi a hora de te ter
Eu queria-te, ganhar!
Eu me via agora a ti, querer!
Deixei a rima nas palavras
Deixei-a em fantasia
Deitei a caneta no papel
Dei-te em mim a poesia!
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Uma Palavra
Penso que as ideias se diluem no ar toda vez que escrevo. As palavras que significo vão se transformando em outra coisa que não sei... As palavras eu te amo podem parecer vazias a um outro, mas para ti deveria existir sentido. Este sentido deveria ter um teor intimo e estruturado em um querer sincero, porém as palavras perdem seus sentidos de min a cada vez que escrevo e se perdendo vão até te encontrarem, então você as resignifica a sua realidade.
A cada verso que tento escrever sem conseguir de fato, vou tentando adentrar no teu mundo mágico de encantos, sonhos e fantasias. Mas o que seriam todas essas palavras sem que tocassem teu belo coração? Seriam apenas palavras por dizer...
Dependo de teus olhos para crer que o dia pode voltar a nascer, pois pra mim o dia só nasce do brilho dos teus olhos. Todas as luzes do mundo são furtadas de teu olhar. temo que os tenha marejado e o feito em lágrimas, mas não te quis assim, não quis te fazer sofrer. Será que meu mundo estará fadado a escuridão, sem tem sorriso que explode em um olhar carinhoso?
Não sei responder. Sei apenas me indagar se minhas palavras serão apenas palavras pra ti, ou se elas serão capazes de significar o sentimento que foge de mim para as palavras e das palavras tenta fugir para teus sentimentos. Um mundo dinâmico entre nós dois é o que nos separa e nos une. Queria que neste momento nos unisse em um, como um dia quisemos ser e um dia negamos querer. Quero por que quero. Quero querer crer. Quero querer você, como nunca se quis ter.
Minhas palavra não é, neste momento, apenas uma palavra, ele é uma tentativa intima e discreta de te devolver todo um amor que eu quis sentir e que você me fez sentir. quero compartilhar o meu mundo no teu e sermos um. Palavra, Sentido, Sentir, Sentimentos: Amor...
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Prólogo de um Amor
Nada como o toque de meus lábios nos teus. Cada toque delicado e pouco a pouco vão se conhecendo. Se deixando sentir cada detalhe do que é um beijo desenhado a traços de batom. Traçado a beijos fora de tom.
A cada beijo a redescoberta dos dois outros lábios que se encontram com leveza e desejo. A cada beijo mais malicia e desejo. Vão se entreabrindo e se tocando, se movendo, se beijando. As mordidas leves de recebidas logo compartilhada. O sabor dos lábios revertidos pelo tempero da vontade de querer mais e mias.
Temperando aos poucos vai acontecendo. Temperado por caricias, toques leves no corpo que vão acompanhando o ritmo dos beijos. Cada toque mais firme sobre a pele macia é um sorver do liquido doce de tua boca. É sentir o respirar forte que vem suspirando no ar. Deixando a vontade, desejo, malicia fugirem pelos gemidos doces após cada delicado toque mais ousado.
Um corpo contra o outro e os lábios finalmente se entendem. Se mordem, se desejam, se sentem como um único. Querem se sentir e ser sentido, assim como os nossos corpos... Nossas pernas que se encontram e desencontram a cada novo toque das mãos no ventre, a cada mordida no pescoço. A cada, a cada suspiro gemido por desejo de querer mais e mais.
E se vai seguindo assim, meio descoberta, meio já conhecer, mas sempre deixando se levar e levando até que se passe a ser um só, um só ritmo em um só lábio, em um só corpo.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Em algum lugar Psicologia
Posso estar com os pés no chão
Mas tenho nuvens na cabeça
E vôo para longe da lucidez
Pra tentar te ver outra vez
Tenho muitos livros na instante
Mas há pouca poesia
Nos corredores, salas, diretores
Não há muitas cores na academia
Muitos esqueceram
Há um mundo lá fora
Mais vida, luzes e flores
Lá fora há amores
Teorias, teoremas, gráficos
Teu sorriso, teus lábios
Filosofia em disritmia
Fingimos vida todo dia
E é por isso que não fico
Com os pés no chão
Os pés do pensamento
Chove minha cabeça em emoção
Me falta luz, me falta insensatez
Me falta poesia pra entender
Me falta o mundo, mais uma vez
Me falta poesia pra viver
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Um Certo Curso de Psicologia
As pessoas trafegam calmas nas ruas e nas salas aprendemos a valorizar os homens, e nas esquinas alguem pede esmola por fome e nem sequer olhamos em seus olhos famintos, SOMOS NÓS OS FAMINTOS, FAMINTOS POR HUMANIDADE...
Nos enganamos diariamente com sorrisos, abraços e notas universitarias... Nos engajamos em Projetos, escrevemos artigos, dizemos viver a universidade, mas me pergunto diariamente: O que é Universidade? Creio que poucos dirão algo unico, talvez seja como conceituar psicologia... (eu disse Talvez)
Estudamos tantas teorias sobre os homens, tantos conceitos de responsabilidade, tantas sitações de compreensão que nos perdemos do que está mais proximos de nós, ou será que queremos não enxergar?
Diariamente faminos de humanidade que tanto tanto e tanto conceituamos, não vivemos, apresentamos teatros grupais de "ser feliz"... Mas viver que é viver a vida mesmo "deixa isso pra quando eu morrer" agem muitos...
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Rayanne
Como era belo
Mexer nos teus cabelos
Me deitar na tua sombra
Que assombrava meus medos
Como era leve
Levar teu nome com o vento
E espalhar o doce dessa palavra
“Rayanne” e eu perdia noção do tempo
Eu espantava a solidão
Era solidário com teu olhar
Eu o acolhia em mim
E me perdi em você
Buscava a rima certa
Acertei em não achar
Mas te achei quando não procurava
Procurei não encontrar
Mas fui me escondendo
E te escondendo em mim
Como se assim eu se esquecesse de sentir
O que sinto por ti
Como era como era
Era uma vez, suas três
Queria sempre repetir
Rayanne, quis te ver sorrir
Quem Inconseqüente Consciente
Ah, como eram doces as noites de insônia
Mas aquelas noites sem você
Não te buscava tão compulsivamente
Nem imaginava te ver
Agora que você existe
Busco seu olhar em vitrines
Capas de revista, onde você não há
Busco sem encontrar
Encontro bilhetes de loteria
Aposto a sorte que não tenho
Com frases decoradas tento te ganhar
E ganho a angustia de sonhar
Sonho mil sonhos
Cada um com seu nome escondido
Em cada beco escuro e luz de o poste
Eu aposto ter te perdido
Mas é que agora mesmo sem querer
Você é minha guia
E eu fico a devirá neste (a)mar
Fico assim nestas noites frias
Então a insônia não é quem me vence
Mas a vontade de te achar
E te busco em sonhos perdidos
Na lembrança do teu olhar
Fim de Uma Semana
Pode ser que eu queira me enganar
Fingir motivos pra sofrer
Mas é que você faz parte de mim
E me dói te perder
O calor em contraste profundo
Com o frio das palavras não ditas
Pior seria se fossem mal ditas
Distorceriam meu mundo
As distorções sonoras quebrariam minha paz
Mesmo que não haja calma em meu espírito
Mesmo que você me tire o ar
É você que busco os lábios encontrar
O universo em contraste, constante equilíbrio
Eu sem você, você eu querendo
Eu queria que me quisesse
E assim, por antecipação, não mais sofrer
E como sofremos por palavras não ditas
Fantasiamos mentiras, para nos sanar a dor
Nos enganamos o coração, nós enganamos
Nos negamos a emoção, nós negamos
Enfiamos em nós mesmos a faca das idéias
Indesejáveis vontades de não amar
E quando já amamos
Estamos presos a não saber cuidar
Meras Palavras
Não há palavras pra explicar
O que mais quero entender
O que significa amar
O que significa te perder
As palavras foram tomando forma
E se perderam de mim
Como te perco agora
Como se fosse o fim
Eu não quis te querer
Quis apenas te gostar
Mas foi sem perceber
Que me enganei, quis te amar
Os versos fugindo ao teclado
Buscando te encontrar
Te levar o significado
Das palavras “te amar”
Havia algo em seu olhar
Que eu não quis entender
Me doía entender como dói agora
Não quero te perder
Então vejo exagero de minhas palavras
Foge de mim o medo de um adeus
Foge de mim o exagero do querer-te
Foge de mim o perder-te
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Novas Simpatias
Olho a conjunção dos astros
Faço um mapa astral
Vejo as luzes de vênus
Falo do bem e do mal
Viro um bruxo, alquimista
Só pra poder filosofar
E se busco uma pedra
É só pra me descansar
Os cálculos estavam certos
O fim se aproxima de AllStar
São as minhas profecias
De beija-flor, flor te beijar
E ouço mantras do além
Além das ondas de TV
É tua respiração chegando
Pra me fazer viver
No circo de mágicas
A vida vem gestar
Um gesto, uma palavra
Pra humanindade sonhar
Mas é que tô apaixonado
E não tem mistério pra explicar
É só meu olhar perdido e sério
A procura de te encontrar
Então você ler as cartas de tarô
E me lembro das cartas que escrevi
Que no passado não mandei
E do futuro ainda não sei
Quem sabe das minhas cartas ou tuas
A gente possa alcançar
Um portal de outro mundo
E em algum lugar nos encontrar
Pois quando a meia noite badalar
A única coisa que quero saber
É se é tua boca que vou morder
Ou se isso tudo é um sonhar
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Teu Batom, Um Pincel
Há tempos que a tinta secou
Uma bela aquarela viva
Vivos sonhos coloridos
Vivo sonhos mal vividos
Ainda assim pincelo
Não me deixo levar
O céu cinza chuvoso
Em azul me ponho a pintar
O por do sol prolongado
Em uma folha de papel roubado
Pedaços de nossa realidade ou não
Sonhos, devaneios, ilusão
Pouco importa o nome da peça
Desde que me peça
Um beijo em teu batom pintado
Sem um adeus prematuro no ar rabiscado
Poesia meio vaga, mas cheia de amor
As luzes fracas da noite
A tela do computador
O chá morno ao lado
O digitar abafado
O encontro entre eu e tu
Entre um eu e um tu
Dois mundos que se encontram
Dois universos que se namoram
O comprimido tempo
O remédio necessário para dormir
Conversas coisas do dia-a-dia
Ler tuas frase e sorrir
Então vai ficando assim
Meio acordado, meia noite
Meio amanhecendo, meio sonho
Então tua poesia chega ao fim
domingo, 16 de agosto de 2009
A Ultima da Noite
Ouço longe o som dos ponteiros
O silencio vago nas ruas
Pela janela poucas estrelas
Sem você, nem mesmo a lua
O vento bate e espalha os papeis
Recortes de fotos e frases
Recortes da solidão
Lembranças doces e cruéis
Minha cabeça no travesseiro
O sono que não chega
O sonho que não esta do meu lado
O desejo real que se nega
O destino que nos uniu
O destino que nos espera
O toque leve da tua mão
O tempo que nos consumiu
Agora fico aqui com os ponteiros
O frio, a rua, o vento e o desejo
A falta de teu sorriso
O arrependimento de não ter teu beijo
Uma breve, realmente breve, explicação sobre a humanidade...
Uma breve, realmente breve, explicação sobre a humanidade...
Afinal, o que nos divide do rebanho e da verdade? Por que estamos tão mergulhados em ritos místicos, mesmo os que são maquiados de forma categórica, tidos como ritos de passagem, na era contemporânea? Por que nos apegamos tanto a tudo o que nos rodeia se tudo tende ao pó, pois é ao pó que voltarás?
Para alguém que tem a eternidade essas mudanças-rituais se tornam um banquete para os interessados em escárnio para com os desafortunados sem a imortalidade. Eles vagam num mundo finito e cheio de porquês tolos que os prendem a um mundo de mentiras infantis, de rituais sociais que se dissipam quando o importante é sobreviver. E é exatamente isso que fazemos, é por isso que nos diferenciamos tanto dos humanos: nós sabemos que sobrevivemos e tentamos sobreviver a todo custo.
Enquanto isso os símios ficam dançando em volta de suas novas fogueiras, que antes produziam carvão e servia para espantar os predadores da noite (fico imaginando quem eram os “predadores” principais na noite...), enquanto nos dias contemporâneos eles dançam em volta de maquininhas digitais, para espantar o medo da solidão, e sim, a solidão é a nova porta de entrada na vida de uma boa caça, um predador astuto sabe disso.
Por que perder tempo com pessoas com vínculos profundos na sociedade, estas sempre causam problemas, pois os familiares tendem a criar investigações. Melhor é caçar os desafortunados que tem como companheira intima a solidão.
Voltando ao assunto de ritos de passagem, para nós, criaturas imortais, logo superiores, temos apenas dois ritos: o beijo e o abraço.
Sendo que o beijo muitos já devem saber no que consiste.. Consiste em beber o sangue do futuro imortal e dar de presente um pouco do seu proprio para o infeliz morto de fome (que ironia, “morto”...) se alimentar. Já o abraço consiste em um trabalho árduo e nem sempre gratificante, pois enquanto uns são abraçados sem ter consciência do que se tornaram e, normalmente, esses têm vida curta, devido a cometerem deslizes, como atacar velhinhas nas ruas para saciar sua fome. Os que sabem da verdade antes do beijo ficam fadados a possíveis acessos de loucura, pois é complicado escolher entre morrer e viver para sempre, é claro que por um belo preço módico de evitar o sol, ser atacado por animais, beber sangue...
Enfim, são rituais, menos bobos do que os produzidos pela raça inferior, humanos, pois eles se preocupam com se alfabetizar, com a festa de debutante, com a maioridade, com o primeiro vestibular, entrar na faculdade, primeiro beijo, sempre preocupados com os primeiros, sempre preocupado com as mudanças que os primeiros causam quanto a nós, preocupamo-nos com a eternidade, o estar por vir...
Os “primeiros” não significam nada, a não ser uma mera lembrança fraca e perdida no tempo, não tem valor o primeiro, pois não somos finitos, não temos por que nos apegar tanto a essas lembranças casuais do dia-a-dia, ou melhor, de década-em-década.
Mas algo é importante ser dito, mesmo entre nós imortais, existem diferenças sutis, e existem diferentes tipos de imortais, suas realidades e culturas, de onde vieram...
Então, lembre-se bem de minhas palavras, criança, se você quer sobreviver neste mundo você tem que ter consciência que sempre se sabe menos do que se precisa, e que existem muitos mais mistérios do que os que já aprendemos a decifrar.
Sabe por que eu o escolhi para ser meu aprendiz? Apesar de você ter muitas ligações com a sociedade em seus diferentes meios, você não se prende a ela, não se prende a suas regras e normas, você se escamoteia entre tudo e todos, você é um verdadeiro camaleão, um caçador nato. Dentre os humanos sempre aparecem criaturas como você, que compreendem que se prender demais aos laços afetivos e culturais é uma armadilha para a compreensão da vida, ou não-vida, depende do momento em que se está.
Mas o fato é que você mantém seus laços ao mesmo tempo em que não se prende a eles como uma verdade, mas algo que o constitui como ser humano, não coloca os valores acima da razão. Você compreende que tudo isso a sua volta não passa de uma invenção humana, um sonho compartilhado, um sonho sonhado em conjunto. Agora vá! Fazer estes discursos sobre a mediocridade humana cansa, existem imortais que já o fazem há séculos e nunca acabam os temas e acontecimentos factuais para que se possa debochar da humanidade.
E mais uma coisa, não se esqueça: você vive em dois mundos e para o bem de ambos os mundos, mantenha-se atento e de boca fechada, afinal vampiros não existem e nós estamos de olho em você, por mais que queríamos você ao nosso lado, sabemos que você não deixa de ser um símio e pior, mesmo entre nós a traição é a melhor arma de sobrevivência, às vezes as adagas usadas nas mortes de nossos inimigos políticos tem uma assinatura com a seguinte frase: “com amor...”
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Fuga
Deixe-me aqui com minhas musicas
Não te quero escutar
Falando de racionalismo e sem por que
Mas agora sei, hei de mudar
Quem sabe o que poderei
Mudaria de casa, roupa ou lugar
Mudaria de vida por alguem?
Não será a razão que vai explicar
O que quero é estar para além
Ninguem além de mim poderá tocar
Por que, é assim, olhe
Sou só eu a quem interessa sonhar
Então, deixe-me aqui com meu café
O vinho já secou
Não quero a tua nobre fé
De realidade minha vida se cansou
Seja que seja delirio
Mas ao menos posso tentar
Fingir quimeras escolhidas
Fingir poesias Fingidas, mas não fingir sonhar
Dor?
A dor que é dor
O que é dor?
Que dor faz doer?
Não sei falar o que eu penso
Não sei pensar o que quer me falar
Mas posso dizer sobre o que faz doer
É o tempo que nos rauba a juventude
É a ironia que nos rouba o sorriso
É a preguiça que nos rouba o tempo
É o sorriso que marca traços de velhice
É o amor que não se sabe se é amado
É o perdão que nos é negado
É o entendimento que não quer ser entendido
É o pensamento que nos faz ser ferido
É a poesia que não se pode cantar
É a alegria que não se pode gritar
É as manhãs tão frias
É a solidão calma amiga sombria
É essa a minha dor ou a sua?
A dor que se pode sofrer?
O que é dor? que dor!
Seria a dor que não sei dizer?
essa poesia é dedica a uma amiga...[a pedidos dela foi feito todo na base da intuição, intuir o que se passava sem muitas certezas, a não ser a de não entender...]
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
O Canto da Tinta Silenciosa
Canto em silencio
Há muitos sons na rua, sei
Mas isso não me irá impedir
De griar os sonhos que inventei
O caminho é muito longo
Pouco a pouco eu vou prosseguir
Passos largos, quando cansado curtos
Mas mesmo assim não vou desistir
Tenho comigo muitos mundos
Uns vividos, outros fingidos, sei
Mas neste mundo não me iludo
E se me iludo, no fim acordarei
Não só o galo canta nas manhãs
Minha caneta em orquestra se firmará
Umas notas simples, as vezes fora de tom
Mas os meus sonhos vou cantar
Uma viola desafinada
Aos poucos o chiar do bule, meu café
Olhos vermelhos de insonia
Planos noturnos de mudar e viver
Tempo Apatico
Tempo Apatico
Em dias de chuvas como este
Sinto o tempo parar
As coisas todas suspensas
Tudo fora do lugar
Remonto minha vida
Com bloquinhos de pilhar
Peça por peça sem simetria
Como um sorriso a enganar
Não é fácil viver
Não é fácil chover
A água queima o tempo
Para poder descer
As nuvens existem apenas para chorar
Lagrimas e frio no ar
Silencio e solidão
Tarde sem anoitecer, noite em vão
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Notas da Meia-Noite
Após uma madrugadas de um sonzinho relaxante de Jack Johnson, que não faço questão de traduzir, e um bom copo de café em meio uma conversa no MSN às 3:43 da madrugada, eu e uma amiga chegamos a conclusão que nos falta alimentar nosso vicio em comum, sermos humanos em um mundo tão confuso.
Eu peço por um vinho e ela por fumar unzinho... Compartilhamos as amarguras do existir e do saber existir em um mundo tão perverso.
Combinamos coisa que possivelmente não vão acontecer, falamos da solidão e de como somos exigentes com as pessoas. Falamos do cansaço acadêmico. Refletimos das contas a pagar, correção: a serem pagas por nossos pais... Falamos de comoo dinheiro passou a ser a forma de se medir a felicidade com as frases ridiculas "e quanto custou isso?" e "isso vale o preço?", nunca perguntam "isso funcionou mesmo?" ou "era o que você queria?" ou mesmo "você gostou?"...
Ambos com a cabeça cansada de pensar, ao menos tentamos, a vista cansada de tentar ler os textos que aos poucos de prazerosos se tornam prazos de vida e morte, Provas... Mal temos tempo pra bater um papo que não seja sobre problemas ou passar uma noite olhando o tempo vagar silencioso curtindo a presença de uma visita... As vezes nos falta simplesidade ao levar a vida, assim como em um certo lugar perto do mar e um chão de areias mornas...
Crescer é um processo complicado e pior ainda quando se tira um tempo pra se pensar nisso e se questionar. Seria mais facil aceitar tudo, mas de longe teria o prazer da conversa calorosa entre amigos sobre uma PseudoFilosofia de vida entre os vinhos e os tragos de cigarro...
Que o cotidiano não destrua nossa vontade de viver e que não vivamos para o cotidiano, Reiventemos tudo até o dia-a-dia... que ele possa ser um noite-a- noite, desde que se saiba o que se faz.
Abraços calorosos de jovem amigo sem sono e imprudente